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sábado, 1 de março de 2014



O Velho e o Tempo.
J. Norinaldo.



Um velho com o tempo nas costas, com os ponteiros parados, sem saber que os tempos são muitos, uns redondos outros quadrados, o seu se encontra atrasado, mas se olhar  para outro lado que seja, assim como a torre da igreja verá o tempo acertado. Não adianta levar o tempo, ou tentar dele fugir, temos que viver a vida e deixar o tempo fluir; servir-se da refeição, enquanto as mesas estão postas, e não sair pela vida com o tempo velho as costas. Um velho carregando o tempo, numa esperança perdida, enquanto carrega peso o tempo Lhe carrega a vida. Reclamam tanto do tempo, que o tempo é isso e aquilo, mas ah! Se eu tivesse tempo, só para viver tranqüilo; agora eu não tenho tempo, mas sonho em um dia ter, pois sei que é lindo sonhar, mas não vou carregar o tempo, ele sim vai me carregar. A gente não vê o tempo,  mas como o vento  se sente, o tempo é como um espelho que vive a  zombar da gente; o velho que carrega o tempo, como um boi de carga vai na frente. O velho carregando o tempo, solitário pelo caminho, mesmo o tempo parado, a cada dia se acerta sozinho.

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