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quarta-feira, 21 de maio de 2014





Meu Barquinho de Papel
J. Norinaldo



Entre conflitos e medos, entre desterro e degredos vivi o sonho de construir o meu  barco, não para navegar no charco, mas num oceano imenso, seguido por fragatas, gaivotas e pelicanos, que enfeitam os oceanos com a sua liberdade.Conheci mares, oceanos, grandes rios, mas não sei se fui feliz, por que o barco que fiz foi de papel e naufragou. Outro dia cabisbaixo um enterro de alguém que viveu no mar, e vi que a vida não é como nós queremos, ia num barco muito pequeno levado por remadores que esqueceram seus remos. Deixou um charco de lágrimas que o vento veio e levou e bem longe dali deixou que uma onda carregasse para refletir o belo azul do céu, já que meu barco  de papel como uma flor que cai do cacho não conseguiu navegar, naufragou em um racho. Mas meu  o meu sonho acabou. Não sei se penso direito, ou é simplesmente um engano, que todo homem do mar gostaria de para sempre se embalar nas onda azuis do Mar... Depois do seu derradeiro sono.

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