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sábado, 13 de setembro de 2014



Cores e dores.
J. norinaldo.



Como as cores encantam, como sabiás que cantam numa parreira em flor, como este pássaro lindo, que do lago vai saindo com três peixinhos no  bico. O encanto da sua cor esconde a aflição e a dor que a morte os condena, por que um poeta sofre, onde há tanta beleza, porque jamais esquece a certeza a única desta vida, que entre o bom e o mau, entre o feio e o bonito, entre a beleza e a dor restará um nome escrito num pedaço de madeira ou numa pedra de granito o pescado e o pescador. Quando se abre uma rosa e um galante beija flor baila num belo cortejo afim do primeiro beijo, doce, como doce é o amor. A beleza tão efêmera da rosa que murcha perde a cor e o perfume, jamais sentirá ciúme de outra de eterna cor que alguém com muito talento pintou, como os peixinhos do pensando ser um afago de um pássaro de tão bela cor. Existe muita distancia entre  verdade e a  fantasia, entre a dor e a poesia, muito mais do que sonha nossa vã filosofia. Quem sabe até os peixinhos ainda vivos, admiraram a beleza da plumagem do seu carrasco predador; assim é a natureza destila tanta beleza, mas também tenho certeza sabe bem o que é a dor.

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