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sexta-feira, 17 de outubro de 2014




O Menino e a Rua, o amor e a Lua.
J. Norinaldo.


Hoje a minha é para um Menino de Rua, Lembra-se daquele: ”O último a dormir apague a Lua”?* Pois hoje quero apagar uma grande dor que sempre me deixou a alma nua diante da crua realidade, de ter que proferir a verdade de que também fui um menino de rua. Que a minha faculdade foi a vida, a qual nunca faltei só por faltar; tentei ser um aluno exemplar, o exemplo que na própria vida influi, tenho certeza que fui; embora ainda tendo que provar. Não! Não é bobagem, esta minha homenagem quiçá jamais chegue a um menino de rua; mesmo aquele que muitas vezes foi da luz o último  apagador, por já não ser tão menino e já saber, que a lua não se apaga, mas se apaga uma grande dor sofrida. Não é com um lar um palácio, não é com um diploma de doutor, que pode se usar o apagador para se apagar a dor que lhe atormenta a vida. Hoje, pensando num amigo, num abrigo num aconchego em um  lar, tive que reconhecer, nada é maior que o amor e quem nunca sofreu com  essa dor, jamais saberá o quanto é belo, não o luar sobre a torre de um  castelo, ou a onda no mar se embalar, um nascer de sol por trás do monte, ou um vale cheio de borboletas coloridas; Com todas suas cores preferidas, ou mesmo uma deusa nua, não é mais belo que o amor, mesmo para quem já tentou apagar, vida muita Lua.

·         (Giovani Baffô)

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