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sábado, 1 de novembro de 2014



Bons tempos.
J. norinaldo.



E já não tinha mais o rio e a floresta era um plantio tendo o solo trabalhado, e já não tinha mais a ponte, só cerca para todo lado; e eu pensei está perdido, num caminho conhecido e fiquei atordoado. Tudo ali estava mudado, só o céu ainda era  o mesmo. Fiquei procurando esmo por onde tinha brincado. Demorou minha visita e nem havia percebido que o rio  havia secado e a ponte havia caído; onde estariam os meninos que comigo ali brincavam e onde será que estavam as árvores s os passarinhos. Estava no lugar certo, mas parecendo um deserto que eu ali não deixara, o deserdo do Saara levara minha campina, nosso açude, nossa piscina, nem o lugar existia. Na verdade meu amigo, numa plantação de trigo em cujos pendões dourados marcavam nossos passados como a ponte e o rio. Onde antes era quente agora fazia frio e onde tudo era cheio para mim ficou vazio. Não encontrei minha casa, não encontrei os meus pais, não encontrei nuca mais os amigos de outrora, desde que me levaram  naquela noite chuvosa, como uma fera raivosa sem saber o que é que fiz; não há tempo a ser feliz ou procurar os culpados, não posso culpar o trigo, por não ter mais um amigo e o tempo quase acabado.

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