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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015



Será que ainda há Tempo.
J. Norinaldo,


O que ainda existe do que existia, o que resiste do que se sabia e quantas pedras nós ainda temos, o que sabemos sobre o porvir? Onde podemos ainda intervir para evitar o pior que ainda vem, onde buscar palavras que descrevam tantos avanços que o mundo tem? Como barrar o seguir da Besta, como tirar de sua suja cesta, aquilo que tanto mal tem? Como limitar o saber do homem, ou convencê-lo a usa-lo apenas para o bem? Como evitar que o veneno atraia, prometendo sonhos que o homem quer, entregando a vida em troca em troca de pó, nada mais do que o próprio homem é. Será que vale a pena lutar, uma luta inglória por simples altruísmo, se o Caminho é único e sem ter atalho, e assim como simples  gotas de orvalho, iremos todo para o mesmo abismo? Será que algo ainda pode ser mudado? Se o soldado portar uma flor e o ditador só ditar poemas? Se a humanidade toda se abraçar e tentar falar uma mesma língua; cuidar da terra como de um jardim e não deixar a vida se esvair a míngua? Será possível implodir as bombas e não ver nem sombra dos Porta Aviões, abrir as jaulas soltar os leões, não distinguir cores em nossos irmãos? Todos de mãos dadas a cantar um hino, que fale da vida e do seu sentido, que no inicio era diferente e que todo ser humano nasceu unido, na justa inocência de uma criança que cresceu um dia, esquecendo tudo que antes existia e em nome da pura ganância, em vez de poesia, fez-se criador da cruel tirania, sobre o irmão mais fraco construiu seu trono e fez seu senhor; sem saber que para  ninguém a vida será diferente, independente de credo posição ou cor, que o fim de um escrava e um ditador o mesmo será, quem veio do pó... Ao pó voltará.


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