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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015



Soberania do Tempo.
J. Norinaldo.



Se o tempo fosse igual ao vento, ora brisa ora furacão, como brisa leve levaria muito tempo, mas o tempo não é igual ao vento que passa direto sabendo a direção. O tempo não faz um redemoinho, que pare alguns segundos sequer, segue sem olhar para trás, sabemos que não volta nunca mais e nada podemos fazer. O vento leva as ilusões, leva paixões até as dores que um dia são esquecidas, o tempo não nos deixa esquecer, pois quando chegamos ao fim da linha, ao invés de caminhar naturalmente  engatinhamos assim como ao nascer. Todo o tempo que não é aproveitado, não pode ser guardado, como um tesouro a ser usado, por algum rei ou algum senhor; por mais rico e prepotente, o tempo o corroerá como a corrente,  que prende mais reles malfeitor. O vento pode adiantar os ponteiros, pode até destruir os relógios inteiros, nada mudará por um momento, no final o próprio vento será destruído pelo tempo. O tempo não está preso numa caixa que mexe um ponteiro e o libera, o tempo é soberano e é tirano, jamais por alguém o tempo espera. Deixo aqui meu desagravo, quando tiver  tempo de abraçar alguém abrace, não espere, não seja do tempo escravo.

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