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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015




Loucura e Liberdade.
J. Norinaldo.


São quase três horas da tarde, mas que quero eu lá saber de hora, se que me interessa é liberdade; liberdade de não respeitar altura ou a brancura dos pombos ao meu redor, quero sentir o vendo como aquele que leva a onda a se chocar ao rochedo sem nenhum medo quero apenas ser feliz. São quase seis horas da manhã, e um sabiá de um canto lindo em meu pomar, parece até adoçar minha maçã. O Tic, Tac do relógio da Igreja, é bem mais fracos que o bater de assas dos pombos; um dia tudo isto será nada, restará o Tic Tac e o resto será escombros. Então por que não aproveitar a liberdade, esquecer a grade ou a corrente do tempo e os grilhões nunca mais, voar bem alto sem ter medo da altura se confundir com a alvura das pombas brancas da Paz. Se não há paz não haverá liberdade, felicidade não passará de utopia; por isto mesmo eu amo tanto a loucura, porque nenhuma loucura é ingrata, para ela tanto faz, a brancura da pomba da paz; como o negrume da Bandeira de um pirata. São quase três horas da tarde, vejo apenas ao passar no meu balanço; sentindo no corpo o vento livre, só quando me cansar descanso. Sinto-me com um cisne num lago, o vento a me fazer afago, não no lago de Narciso, Pois saber se sou bela não preciso, pois na verdade, se precisasse não seria verdadeira Liberdade esta minha Liberdade.

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