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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015



Navegar eu Preciso.
J. Norinaldo



Navegar o teu cabelo ondulado, perfumado como as flores de um jardim, depois descer a deriva em devaneios, passar entre as rochas gêmeas que são teus seios e prosseguir a deslizar em teu suor; enquanto de tensão meu corpo treme soltar o leme  e esquecer tudo ao redor. Até que em fim chegar ao tão sonhado porto, ao mais lindo horto e ao mais belo jardim. Fazer das velas os lençóis alcoviteiros e deixar que o vento leve ao longe os teus gemidos de prazer, que o balanço das ondas dos teus cabelos, Façam teu corpo tremer com  barulhos de correntes, que são rangidos dos teus dentes e nos teus olhos a brancura nas nuvens que há no céu, o sol se esconde ao ver teu corpo sem véu. Nada é profano entre corpos que se amam, toda beleza do amor é como o mar, que desconhece a imensidão do seu poder, e se arrastando vem aos teus pés te  beijar; Como o amor ao cansaço se render. Por isto  mesmo disse o sábio poeta, viver não é preciso, mas é preciso navegar. Hoje navego num poema para muitos sem sentido, navegando onde não é  permitido começando nas ondas do teu cabelo, porque nem todos sabem o que é navegar; e pensam erradamente, que navegante é somente... aquele que vive no mar.

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