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quinta-feira, 19 de março de 2015






Mente de Poeta.
J. Norinaldo.



Encontrei uma escada carcomida pelo tempo, tão curtida pelo vento já tomada pelo mato, àqueles que por ela subiram Deste plano já sumiram restando apenas saudade. O que terá lá em cima além de musgo e tapera pergunto o que antes era e quem por ali viveu, se amou se foi feliz, ou infeliz e sofreu, só a escada restou e não fui eu quem a fiz. Nunca fiz uma estrada sempre andei na que outro fez; já subi muitas escadas, carcomidas, atapetadas, floridas abandonadas, esta será a da vez, vou ver o que há lá em cima e te falarei depois desta verdadeira obra prima, cada degrau é uma rima que a natureza compôs. De lá vejo bem mais longe a linha do horizonte, vejo a corcunda do monte um camelo solitário, antes não via decerto, o camelo sem deserto neste tão lindo cenário. Quem subiu e quem desceu por esta escada hoje tão triste, será que ainda existe alguém que esta escada quando nova conheceu, a mente mais inquieta é por certo a do poeta porque tudo quer saber; sente saudade até de quem não conheceu, por exemplo agora chora, por alguém por alguém que aqui viveu.

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