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sexta-feira, 6 de março de 2015



Tela Cara, Cena Rara.
J. Norinaldo.


Cena rara hoje em dia, dois velhos tomando um vinho e falando de poesia; dois meninos que outrora que se encontram agora quando e de meninos nada tem, a não ser doces lembranças de muitos tempos atrás, das travessuras em crianças que hoje não existem mais. Criança hoje não brinca e quando brinca é de guerra, matando ou atropelando num mundo  tecnológico, como animal no zoológico troca o campo pela sala, por menor que seja esta, sua preferida jaula; substitui a fala por movimentos dos dedos e esconde seus segredos diferentes de outrora, quando  se usava um baú em algum esconderijo ou nalgum canto do sótão  dos adultos escondidos hoje são códigos e  cifras só por eles conhecidos. Imagine nesta tela  onde dois velhos confabulam vamos apenas imaginar, se não seria um inferno para um jovem moderno ser obrigado a escutar. Feliz dos velhos ta tela, pois nela podem ficar sem perigo nenhum de interferência, mas  nos remetem a um existência que a remoto um passado, que pode ter sido atrasado, vendo o que vemos agora, mas existe uma verdade, havia felicidade amor e muita amizade. Talvez seja romantismo, de poeta apaixonado, mas sinto muita falta do romantismo do citado, Da família, do namoro, do noivado do casório, talvez até da inocência, mas o relógio do tempo não aceita interferência; e cada um no teu tempo e a sua existência. Aqueles velhos da tela, que falam de poesia, hoje de certo teriam na conversa outros teores, como a bolsa de valores, ou alguma crise mundial; às vezes por um filho ou neto interrompidos, por algo no bolso a tocar e sem nem saber por que,  com um sinal de mão, atende o celular fala com alguém que há muito já não vê. Seria impressão, ou somente saudosismo, que no tempo desses velhos no lugar de depressão o que havia, era muito romantismo?


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