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segunda-feira, 29 de junho de 2015




Independe de Nós.
J. Norinaldo



Independe da estupidez humana, da insana saga pelo ser melhor, que as estrelas brilhem mesmo que distantes, que os rios corram pelos prados como seres errantes, contornando a montanha em seu caminho sem parar, na certeza que um dia será mar. Independe da insensatez do mundo, que no mar profundo  se continue a navegar, que se retirem as pedras que hajam nos caminhos, que em cada escrita encontrada em pergaminhos; mostrem que existe um Ser maior a nos guiar. O homem corre em busca da felicidade, existe quem obedece e quem mande; sem que ninguém saiba da verdade, é triste vê-lo correr sem saber para onde. Independe do poeta ou do poema, o teorema terá que ser decifrado, viver a vida só para satisfazê-la, é o mesmo que interromper o rio, ou apagar o brilho de uma estrela. Independente de se ser livre ou escravo, de ser um covarde ou bravo a estrada é uma só; independente do orgulho e da soberba a verdade é que humanidade terá que voltar ao pó. Independente se a estrada é longa ou curta ou como for, nenhuma estrela é furta-cor, nós todos iremos sem pena ou dó. Diferentemente do rio que paciente  contorna a montanha, o homem sonha com a maior felicidade, mesmo sabendo não merecer, não se cansa de correr atrás da eternidade.




O Destino é um menino mal com o qual não se Brinca.
J. Norinaldo



Semente descalça estrada sem rumo, como fruto sem sumo como rosa sem cheiro, o destino sem zelo  te mostra o caminho, mas você sozinho é que irá percorrê-lo. O que pensa da tela  quem posou para ela, no tamanho da estrada que tem pela frente se é suficiente para ir onde pretende  chegar, se haverá desvios, se verá pela frente, rios com enchentes, mares e navios; por menor que seja, algo deseja que não ficar ali, e para onde ir ou para onde foi, quanto tempo faz que a espera fingida, faz parte da tela mas não faz parte da vida. Uma brincadeira que ficará guardada, e que fará sorrir muito tempo depois, porém também pode fazer chorar lágrima de saudade que a  felicidade cala, ao lembrar que na mala poderia levar, tanta coisa fútil que devi a ficar; tantos sonhos que foram ficando esquecidos, perdidos pelos aceiros de outros caminhos, algum transformado em pesadelo, o destino te mostra o caminho, mas você sozinho terá que percorre-lo, pulando obstáculo, atravessando pântanos, montanhas e montes, conhecendo horizontes antes nunca sonhados; talvez algum dia numa caixa guardada, esta tela já velha e amarelada, diga alguma coisa, ou não diga nada.

quinta-feira, 25 de junho de 2015





A Rede do Mar
.J. Norinaldo



São certas cenas que só poeta vê enquanto o sol careia, veja o pescar diferente, o mar  atirando sua tarrafa na areia; enquanto o pescador atira a sua no mar trazendo de lá seu sustento seu pão,  a rede do mar retorna pesada de poluição. O homem depois que perdeu o respeito pela terra que o alimenta, quer destruir  o mar a que a terra que a terra amamenta, como um recém nascido que amaldiçoa a placenta. E a tarrafa do mar jogada na areia vem cheia de tudo que o homem não quer, nada se aproveita e o pescador devolve a mesma areia na cheia maré. Tão bela e tão limpa espumante a brilhar aos raios da lua é a rede  do mar, que volta pesada cheia de nada, de nada que se possa aproveitar. Quando o navegante bem longe da terra, ver o verdadeiro azul marinho; ao se aproximar de algum continente a cor diferente e até a maresia que a brisa traz, em nada lembra o azul lá distante e o azul brilhante sendo o mesmo mar. Mesmo assim Netuno com coragem e denodo, atira  a tarrafa sobre o lixo e o lodo, em socorro da terra que o sustenta, e que através da chuva em troca a amamenta, tentando limpá-la impotente se suja com a sua rede em forma de uma linda saia, que ao invés de ser  lavada vem lavar a praia. O vomitar do progresso como um rio de lama e lodaçal se derrama na imensidão, o azul marinho vai ficando cada vez mais restrito até que um nem  no horizonte se enxergue a não ser lixo e detrito. De que adianta meu grito num poema discreto; para quem sabe que onde existiram mares, hoje existe deserto.

segunda-feira, 22 de junho de 2015



Parece, mas não É!
J. Norinaldo.



Parece uma fuga desesperada do fogo da guerra entre tantas que assolam a terra, uma fuga da terra arrasada.  Um pássaro que foge do fragor dos canhões, dos clarões das bombas que assassinam as pombas inclusive a pomba da paz. Parece, ainda que não é, apenas um por do sol, o céu purpuro do arrebol e uma ave que adorna o espaço  em cores, como reflexo de flores atiradas por canhões de amores, como um mensageiro, lindo e alvissareiro liderando um comboio de luz. Parece uma fuga, mas é uma tela, tão bela que só O Maior Pintor, o Pai o Criador, poderia pintar. É lindo demais o arrebol, de tão belo parece delírio, mas é um colírio aos olhos  do poeta que segue sempre o sol. Hoje ouvi o estrondar de um trovão, antes vi o clarão que a terra traz esperança a ave que parece fugir e ao homem que aceita a terra como dádiva a sonhar com a colheita, e o verde da natureza, a beleza das e a florada dos parreirais, depois o ouro dos trigais e o pão e o vinho sobre a mesa. Por isto não é uma fuga e sonho que nunca haverá escrevo neste momento ouvindo John Lennon cantando “Imagine” e como poeta consigo imaginar um mundo de paz e amor, onde ainda haverá guerra de flor incentivada por orquestras passarinhos, enquanto os filhotes nos ninhos se sintam seguros e que tiros sejam só de trovões, dos canhões se façam porteiras, para criar barreiras a violência e a dor; que no mundo prevaleça o amor e a fé Naquele que esta tela Pintou.

domingo, 21 de junho de 2015




Ah! Que saudade do Mar.
J. Norinaldo.



Não! Não é o Rei Netuno enchendo as velas de vento como os seios de uma musa dessas que o poeta usa como sua inspiração. Quem teve essa ideia  de juntar-me a caravela e não embarcar-me nela talvez não saiba, mas agora saberá que naveguei muito mar como um bravo Fuzileiro. Será que dizer mais preciso, além deste meu sorriso que pode não ser lá belo, mas é de felicidade, pois hoje apesar da idade navego no pensamento enchendo velas de vento e lutando contra a procela, pois o mar não tem cancela nem o pensamento fronteira, não preciso de bandeira de  porto e nem farol, basta-me o por do sol e este azul tão conhecido como uma velha amizade, o sorriso pode até não tão lindo, mas é de felicidade. A Caravela da tela tem as velas emproadas como são uns belos seios, mesmo que não existam os feios porque todos amamentam, enquanto nas velas ventam e o marinheiro novo mareia, hoje só em pensamento, navego sem temer  vento, na realidade caminho a beira do mar apreciando a maré cheia. Ah! Que saudade bateu daquele azul tão escuro se eu tivesse o poder de dispensar o futuro eu seria  abençoado certamente, voltaria ao passado a navegar novamente. 

sábado, 20 de junho de 2015


O Que é o Amor?
J. Norinaldo


O amor é o sentimento mais sujo, mais hipócrita e mais sem caráter, o ódio é bem mais puro porque é sincero.  Ser bem entendido é o que espero. Um menino e uma menina se conhecem na infância, quando ainda sequer sabem  o que é amor, mas como o mundo gira eles vão crescendo e aprendendo o que tem de aprender, o menino descobre que ama a menina, assim  que entende o é amor, se sente feliz porque é bem mais fácil já brincam juntos quanto tempo faz, acaba-se a paz ao saber que a menina hoje não pequenina que com ele brincava, encontrou na esquina o que tanto buscava, numa troca de olhar uma conversa na sombra, um eu te amo tu me ama e em pouco tempo se entendem na cama. É uma questão de química, amor a primeira vista e  o menino conquista sua primeira derrota, e dai o ódio brota com poderosas raízes, e quanto mais felizes forem os escolhidos, correndo na praia em abraços e beijos transbordando desejo como  as ondas na areia, no outro o ódio cresce como a lua cheia. Para cada casal feliz, existem centenas sofrendo de dor, para não ficar sozinho o menino da história à outra igual a ele  se juntou, lhe maltrata e como um cão lhe trata por causa do antigo amor, quem é maltratada nem sabe quem é, se o amor fosse bom, belo como uma  flor decerto não seria “O” e sim “A” amor, assim como candura, ternura, não seria uma competição com troféu e pódio, neste caso a menina é o amor e  o menino o ódio. Como disse no início ser entendido espero, pois é muito importante saber que  o amor é uma incógnita porém o ódio é uma constante; um falso e o outro  sincero.



Todo Caminho tem um Fim.
J. Norinaldo.


Achar o caminho até uma pequena criança, ensaiar uma dança qualquer um faz no inicio da estrada, difícil é chegar ao fim e sentir-se realizada; não querer voltar mais porque fez tudo certo, e deixou frutos suficientes para quem vem atrás. Por pior o caminho mesmo assim vale a pena, para esta pequena vale a pena não existe, se alguém está triste ela ignora, porque ela chora quando isto acontece; mas quando se cresce chorar não resolve, o mundo condena a vida absolve. Por quantos caminhos eu também já andei, já dancei e pulei imitei passarinho, porém hoje que o caminho para trás é bem mais comprido eu já não danço mais e quando olho para trás meu desejo é voltar e outra vez começar mesmo sem lembrar os passos da dança como esta criança que estou a mostrar. Como é lindo correr pular e dançar imitar passarinho sem temer ser ridículo, quem não sabe sequer o que é valer a pena, tem alma serena solta no universo e não num cubículo. A estrada é linda até certa altura, com o encanto das fores e as frutas maduras, do meio em diante que ninguém sabe onde é, quando já se pensa noutra função das flores, no fechar das cortinas disfarçar maus odores antes quando a estrada termina. Ah! Como seria bom ficar nesta parte do caminho onde está a menina pequena, dançando feliz sem se preocupar se é lindo o seu dançar ou o que é valer a pena.


quarta-feira, 17 de junho de 2015






Poesia e loucura ocupam a mesma Senzala.
J. Norinaldo



A minha poesia está de luto, e bem-dito seja o fruto de quem a enlutou, em verdade o que digo é uma grande heresia, pois quem me disse não, disse para mim e não para minha poesia; pedir perdão eu devo, afinal escrevo sem dizer o nome dela; enganei-me, nada mais era que utopia, quando ela disse que me amava, amava, mas era a minha poesia. Nem por isto vou amaldiçoar o que não posso recusar escrever o que a minha alma manda, mesmo que por outros caminhos ela anda um poeta não é dono de si e o que a alma decidir, sem pensar ou ponderar tem que cumprir. Pobres poetas loucos, que se apaixonam aos poucos pelas suas musas e divas sem saber que suas poesias delas jamais serão cativas e são livres como gaivotas no ar, como os peixes no mar. Tristes poetas loucos que morrem aos poucos ao final de um poema cujo tema fala somente de si, mas terá que dividir com milhões de outros loucos que também querem expressar a sua dor, pela falta de um amor, mas a sua alma cala por não ter o dom da alquimia das palavras a poesia e o coração faz do peito uma senzala. Felizes mesmo são os loucos  que não sabem poetar, pois fazem justamente u inverso, não choram como poetas em versos sem coragem do nome da amada versejar, são livres, livres como as gaivotas no ar, como os peixes no mar. Como se chama o modo que um louco ama, haveria um louco amor, que independesse de dor, de sofrimento e adeus e separação? Não! Eu acredito que não! Louco ou são cada um tem no peito um coração e uma voz que não cala; pode dizer eu te amo, num hospício, num castelo ou até mesmo acorrentado na senzala.

terça-feira, 16 de junho de 2015




A Peneira e a vida a ovelha e o Dingo.
J. Norinaldo



Vamos peneirar o todo e separar o nada que de tudo sobra, e num frasco pequeno colher o veneno de uma peçonhenta cobra; se nos pequenos frascos estão os raros perfumes, nos pequenos amores,  é onde se escondem os grandes ciúmes. Vamos fazer a colheita e separar o joio para longe do trigo, tirar do meio dos cascalhos um belo diamante como se faz com um grande amigo. Vamos sonhar acordados dormindo sonhados numa manhã de domingo, vamos tentar ter certeza que tanto há beleza num cão ou num dingo. Vamos peneirar a vida e na poeira perdida deixar ir-se o mal, mas levar o rebanho para tomar banho e depois ao curral; vamos escrever um ver ao nosso maior inimigo mortal, e quiçá se torne um amigo por saber que um verso nunca fará mal. Vamos cantar e sorrir sempre sem fingir ou representar, fazer da vida um palco, e mostrar que o amor é mais bela cena, e jamais deixar que alguém transforme este palco em arena. Não vamos perder tempo, com futilidades ou com  ato covarde; pois assim corremos o risco de chegar no teatro... quando já for tarde

segunda-feira, 15 de junho de 2015



Mal me quer.
J. Norinaldo




Quando na madrugada fria a insana insônia bate, não existe marinheiro que  este nó desate, pois a dor faz o laço e a solidão o arremate.  Somente o travesseiro amigo entende e se estende colado ao rosto úmido como a massagear o peito túmido onde um coração disparado parece repetir; quero fugir! Quero fugir! O frio da noite gela a alma e acalma o calor de uma paixão, que ora ressoa em outro colchão depois de ter o corpo satisfeito. E manhã custa a chegar, até p primeiro pássaro cantar e o primeiro raio de sol nalguma fresta, como um archote de uma  numa festa que houve noutra cama, noutro lugar, com quem o frio vem me lembrar-me com desvelo que ao meu lado o frio gelo está no lugar de que está bem aquecida, porém em outro lugar. Como a madrugada fria é triste, e como a noite custa a retirar seu véu, quando a insônia louca insana ainda te ser uma taça de fel; E saber que quem dorme satisfeita, nem sabe que é quem aperta o laço, que sufoca um molambo um bagaço, que até sem saber esbagaçou; quão dura fria e cruel e a vida e noite com seu véu, para uns, para outros... Puro mel. Ah! Agora é madrugada, meu temor é dormir e sonhar que sou feliz e que o meu coração agora diz  repetindo várias vezes feliz: quero voltar! Quero voltar! Mesmo num sonho passageiro que desse para secar o travesseiro, mesmo que não desate o nó, mas por dor o afrouxe e me deixe respirar. Madrugada insônia estrada, nos aceiros espinhos pedras e fossos, e este nó no meu pescoço que tem nome de mulher, ou de uma flor que se chama mal me quer.

domingo, 7 de junho de 2015




Volta e vai viver a vida. Esta vale a pena ser Vivida.
J. Norinaldo

Caminhando em direção ao sol, sentindo o frescor do mar enquanto ocorre o ocaso e o oceano é raso vejo o mundo como um sonho e me interponho entre o sol e a lua, a noite inteiramente nua sentindo no corpo a brisa, sem pudor e  sem censura numa cena que precisa ser vista e ser  guardada. Tantas com medo de olhar para trás e ver o mundo não sonhado, continuam caminhando, Virginia Woolf  seguiu este belo sol como seu próprio farol abdicando da vida. Numa cena tão intensa, o que será que pensa quando se está transtornado. Passo a passo sozinho e caldo seguir sem olhar para trás, sabendo que não volta mais o que pensará? No outro dia, outro sol nascerá e se porá, e este alguém, já não verá mais o ocaso, já é como velho vaso quem alguém o enterrou. Como entender a humanidade, como posso  amar alguém se me odeio a este ponto, de num cenário tão belo assim  ir caminhando para a morte demonstrando ódio por mim, o pior sentimento que alguém tem, porque por amor a alguém isto jamais ocorrerá. O sol  seguirá no seu ocaso, como uma rosa no mais belo vaso para quem continuar viver quiser. A vida é bela e o sol mais belo ainda, vai  o sol e vem a lua linda o que que a humanidade mais quer quer?



Sentado a beira de um abismo muito profundo, quase da altura do mundo, vendo as nuvens bem abaixo dos meus pés que as vezes demonstram alguma alegria ao se balançarem como numa triste dança de despedida, da vida, que vida?  De  longe o vento traz o som de uma triste melodia, a reconheço,” El condor Passa”, que se alterna ao sabor do vento, quem naquela imensa solidão vem tocar sua flauta com tanta maestria, a paisagem uma verdadeira poesia, altura, ar puro, frio e vazio; um enorme vazio; quando as nuvens abaixo dos meus pés que ainda dançam, ou simplesmente se balançam se dissipam, posso ver a altura, a alvura das nuvens que passam e que  se vão, para onde não sei. De repente avisto ao longe uma mancha escura que se meche entre as nuvens brancas, prendo minha atenção aquilo que parece crescer, e cresce e aparece, é um belo condor que passa, como se ouvisse a flauta distante, naquele instante eu me lembro porque estou ali, e penso, quantos gostaria de um dia poder ver o que agora vejo e o meu único desejo  é num pequeno impulso me atirar daqui. Estará feliz o flautista, ou também balança as pés pensando em seguir o condor que canta, mas sabendo que sem asas não haverá controle e o destino será o meu. E de repente me vem a cabeça o motivo de tanta amargura onde estará neste momento? Quem sambe rido ou dançando de verdade, em plena felicidade enquanto eu aqui triste pensando em dar fim a uma vida, que poderia muito bem ser bem vivida com outra toda essa beleza namorando. Isto mesmo, não me matarei a esmo, descerei a montanha agora mesmo, procurarei quem tão bem executa esta canção, trarei aqui alguém que escolher meu coração e viveremos estes momentos mais felizes, agradecendo Adeus por permiti-lo, por pintar uma tela tão suprema, como as estrofes do mais belo poema que um poeta na terra escreveu. Consegui encontrar a flautista cancioneira, que continuava a tocar  a mesma cancão do início, sentada  também a beira do precipício, tocava e chorava ao mesmo tempo, enquanto balançava os pés e tudo tornou-se a mais bela  poesia, pois descobrimos neste exato   momento o que Deus quis dizer com altruísmo, era por ela que eu chorava de um lado do penhasco  e por mim que logo ela do outro lado   se atiraria no abismo.

sábado, 6 de junho de 2015


Este é o meu menor poema e o mais importante, o de Nº 1800.
J.Nonirnaldo.



Você





Mel e ferrão. Luva de alpaca e Casaco de Pele e o final da pele Humana.
J. Norinaldo.



Não sei o que pensou Darwin na sua expedição ao descobrir que a abelha, que fabrica o mais doce mel precisa de um ferrão e por que existe na terra que não goste de poesia, aliás não sei por que ainda chamam seu trabalho e teoria. As vezes fico pensando se sou humano ou não sou, e o que sou finalmente, não só por ser diferente ter nascido desprovido de beleza, mas amar tanto a natureza, a poesia, e também aquilo com que não fui naturalmente aquinhoado, nem por isto ser revoltante com aquele ser que nasceu com um belo semblante, e tem coragem de fotografar sua imagem, com um fuzil e o pé sobre o cadáver de um elefante. Estive entre lhamas pelos Andes e vi o voo do condor e sei que algum já tombou tendo o mais belo voo interrompido, pelo tiro de um ser humano bandido, por isto mesmo ainda não sei se sou. Quem já olhou nos olhos de uma Lhama ou uma Alpaca, quem já pegou no colo uma Chinchila e quem sangra estes animais e depois aplaude quem com sua pele desfila e ser chama ser humano, fico eu aqui pensando com a alma e o coração, na distancia que existe entre a terra e o céu e que a nossa vã filosofia jamais saberá porque quem fabrica o mais doce mel, necessita de um ferrão.

sexta-feira, 5 de junho de 2015




Para alguém que sabe quem. Ou não saberá.?
J. Norinaldo



Será que seria esperar demais da natureza, capaz de produzir toda beleza que o ser humano pode conhecer transformar algo repelente, rastejante e assustado a muita gente, como Michelangelo desenhar em sua prancheta, exatamente como é uma maravilhosa borboleta e na metamorfose no lugar de uma lagarta, uma maravilhosa mulher. Uma deusa divina da beleza que somente a mãe natureza seria capaz de fazer. Eu conheço alguém assim, mas  por egoísmo a guardarei só para mim e nem mesmo ela saberá algum dia, que foi a diva desta poesia, e que ainda não foi feito o espelho que consiga toda sua beleza mostrar. Nem mesmo o lago onde se mirou Narciso,  Nem Lilith no esplendor do  Paraíso podem a ti se comparar. Que feliz é o poeta que é capaz, somente ele e ninguém mais de pintar tal criação, usando apenas a mão, a alma e o coração. Tu não és borboleta ou fantasia, não és apenas a minha poesia, e eu já nem sei mais quem tu és, só sei que qualquer deusa da beleza que te visse, se ajoelharia aos teus pés.





Amor e a Sabedoria.
J. Norinaldo.



A sabedoria é sábia por ser velha, mas não só por ser velha, mas porque muitas vezes perdeu festas coloridas, com belos fogos de artificio para se dedicar ao ofício de pensar no que é a vida. Muitas vezes nossos maiores problemas não estão atrelados ao nosso ser como pensamos, não faz parte de um fardo que a vida nos impõe a carregar para poder ser feliz, estão apenas encostados como apenas um movimento nos livramos de anos de sofrimento e de dor, de correntes e grilhões que usamos em nome de amor. Basta se levantar e parir, sem olhar para trás e quiçá a frente verás que todo aquele fardo que só te causou sofrimento e muita dor faz agora alguém sorrir de verdade, gritando de felicidade, eu te amo, eu te amo. E o tempo que jamais volta, pois mais lento que avance, talvez não venha te dar outra chance de tendo corpo descansado do peso carregado inutilmente, venhas encontrar novamente, não um fardo pesado e doente, que te deixe preso ao chão um tronco de cinamomo, mas alguém que te fará imensamente feliz quando gritares  como alguém acima citado e ouvir como respostas muitas vezes: eu também te amo! Eu também te Amo.  E ai terás certeza que por mais pesador que o teu fardo for, jamais te pesará porque algo muito poderoso te ajudará  a carrega-lo que se chama Amor. Como é sábia a Sabedoria, foi num desses momentos que ela me ensinou a escrever poesia.




O Por Do Sol. Márcia verás a Pedra da Gávea que eu via da minha janela.
J. Norinaldo



O por do sol é padrão, é belo em qualquer lugar depende do humor que se está na hora que isto acontece. Por detrás de uma montanha de um templo ou um quartel, o colorido do céu na hora do arrebol torna beleza do por do sol uma só de onde se vê, agora se você estiver chorando de dor, pela perda de uma amor , ou por alguém que partiu e nunca mais voltar, é impossível encontrar beleza em qualquer lugar. Mesmo estando lá no cimo da montanha e o sol se pondo ao seu lado, a sua própria sombra é vista como um monstro malvado e  como um ente perdido, perde o belo por do sol, a beleza do arrebol sem saber se vale a pena; a vida é tão pequena que devemos refletir que mesmo estando a dormir, vivemos sonhos tão lindos. Eu vi um por do sol sobre os Alpes Gelados quando o alvo monte mas parecia um enorme sorvete e pensei ser o mais belo que jamais iria ver, Ledo engano, depois o vi entre as nuvens, no Pantanal sobre uma pobre favela, daqui da minha janela, sobre o rio ou no sertão o por do sol é padrão sua beleza é igual, está no egoísmo de cada qual querer mostra-lo mais belo, no oceano ou no charco, no castelo ou da janela do meu barraco; tudo, depende de como está seu coração.

quarta-feira, 3 de junho de 2015




I Hava a Dream.
J. Norinaldo.



Eu estava na Austrália, tenho sim tenho certeza, passava por uma estrada ladeada por um caudaloso de águas revoltas, mas cristalinas, do outro lado uma floresta verde eu caminhava despreocupado, pelo jeito sabia para onde ia, não encontrava ninguém naquela estrada tão bela e tão larga, de repente o céu começava escurecer e ainda era bem cedo, talvez um grande tempestade se avizinhava, sei que não tinha uma capa ou outro qual utensilio para me amparar caso isto ocorresse. De repente, novamente de repente como surgiram, as nuvens desapareceram e o sol voltou a brilhar como eu nunca vira antes, parecia que queria demonstrar para mim sua beleza que sempre o olhara como algo normal; quando olhei para a frente vi algo esplendoroso, centenas, milhares, milhões de ovelhas, todas dançando ao som de” I Have a Dream” do grupo ABA uma das músicas que mais gosto desse grupo que jamais imaginei que um dia acabaria; todas a minhas tristezas sumiram, corri em direção aquele rebanho de felicidade e também dancei, pela primeira vez na vida, mas dancei. Olhei bem em volta e não havia pastores ou ninguém; a música cada vez mais alta e cada vez mais irradiava felicidade. Novamente as nuvens escureceram e um raio que pareceu iluminar o mundo, e em seguida um trovão como nunca tinha ouvido; a música cessou, o rebanho se desfez, o meu sonho acabou e a minha depressão chegou de vez. Pobre travesseiro mais uma vez encharcado, que amigo o virei e encharquei  seu outro lado.


Partida, Estrada e a Vida.
J. Norinaldo.



Se eu resolver partir, não tente me dissuadir em fique na minha frente, não olharei para trás, pois irei para outro lado; não acredito no nunca mais e nem em contos de fada, mas aprecio um bom fado. Não me ajude com meu fardo apenas em parte do caminho, deixe que me vá sozinho, se arrependido voltar economize o sermão, se puder me dê um pão para a nova partida, pois eu não vou desistir, sei que nasci para partir e partindo irei viver. Até que num momento de paz, alguém me faça acreditar no nunca mais r na última partida. Não levo mágoas da vida ou das estradas por onde andei algumas até eu fiz, porém sei que fui feliz nas que já encontrei prontas, e foram tantas que muitas já esqueci. Tomar que alguém tenha sido muito feliz, em alguma estrada que fiz sem saber para onde ia, mas que em algum lugar cheguei; que alguém consiga chegar e possa em fim feliz para sempre seja alcançar aquilo que mais almejava. Para sempre, o que pensei ao partir, ao invés de ficar triste ou tentar me dissuadir, deveria me ensinar que para sempre não existe; a não ser quiçá para o tempo que passe sem mais voltar e ninguém lhe conhece o destino, que é mais velho que o mundo, mas brinca conosco como um levado menino. Om mistério que não conseguimos desvendar, por mais que você seja sério, e também leve a sério a vida ele com você irá  brincar até a última determina o momento da sua última partida.