Translate

sexta-feira, 10 de julho de 2015




A Última Curva da Estrada.
J. Norinaldo.



Antes da última curva da estrada, sabendo que depois vem o nada o que será que pensamos por quem será que choramos; o que mais lamentamos o que deixamos de fazer? E por quê? Durante a caminhada será que plantamos na estrada uma sombra para quem vem atrás? Deixamos alguns frutos de vez, usando nossa sensatez e pensando que às vezes um pouco é demais? Chegando a última curva da estrada e vê uma alma sentada a entrada de uma caverna,  meditando sobre a pedra eterna, como eterna é somente a estrada. A última curva e o nada, como uma cortina fechada no ato final de uma peça teatral, onde a estrada  foi palco e você o ator principal. Depois da última curva, não adianta rever seu papel, pois já foi desempenhado, antes da última curva ficaram os aplausos, ou a vaia, depois somente o silencio e o escuro, só presente não há mais futuro ou passado depois que a cortina caia. Quem medita sobre a pedra eterna, na entrada daquela caverna cuja forma é um coração, igual àquele que depois da última curva da estrada vai se apagando como uma tocha, batendo um segundo, outro não. Somente a estrada é eterna e o coração da caverna que por não bater, não para não pode morrer e continua antes da última curva da estrada.

Sem comentários: