A Última Curva da Estrada.
J. Norinaldo.
Antes da última curva da estrada,
sabendo que depois vem o nada o que será que pensamos por quem será que
choramos; o que mais lamentamos o que deixamos de fazer? E por quê? Durante a
caminhada será que plantamos na estrada uma sombra para quem vem atrás?
Deixamos alguns frutos de vez, usando nossa sensatez e pensando que às vezes um
pouco é demais? Chegando a última curva da estrada e vê uma alma sentada a
entrada de uma caverna, meditando sobre
a pedra eterna, como eterna é somente a estrada. A última curva e o nada, como
uma cortina fechada no ato final de uma peça teatral, onde a estrada foi palco e você o ator principal. Depois da
última curva, não adianta rever seu papel, pois já foi desempenhado, antes da
última curva ficaram os aplausos, ou a vaia, depois somente o silencio e o
escuro, só presente não há mais futuro ou passado depois que a cortina caia.
Quem medita sobre a pedra eterna, na entrada daquela caverna cuja forma é um
coração, igual àquele que depois da última curva da estrada vai se apagando
como uma tocha, batendo um segundo, outro não. Somente a estrada é eterna e o coração
da caverna que por não bater, não para não pode morrer e continua antes da
última curva da estrada.
Sem comentários:
Enviar um comentário