Translate

quarta-feira, 12 de agosto de 2015






A Minha Janela.
J. Norinaldo.


A TV mais linda é a minha janela, pois dela eu posso assistir a realidade, sem maquiagem, miragem efeito, o que vejo é jeito como a vida anda, como uma ciranda gira sem parar, vem o sol, a lua as estrelas, e eu posso velas sem ser preciso ligar; é só abrir a minha janela e a imensa tela até o horizonte, a definição depende da minha visão e não de um enredo pré-fabricado, como algo ensaiado com tal pretensão. As cortinas do teatro da vida, são as minhas pálpebras cerradas ou abertas, que me mostram as imagens certas  de cada atividade que mudam a cena a sua vontade, sem pensar sem pensar em cadencia elegância ou vaidade, sem esperar aplausos efêmera felicidade. Da minha janela posso ver a tua, cada um ver da sua aquilo que quer, posso ver cisnes negros bailando num lago dourado, do outro lado você vê um lago qualquer; Posso ver Deus no piscar das estrelas e você não vê nada porque não tem fé. Ao fechar a janela quando o tempo passa, ainda tenho a vidraça para ver a chuva, ouvir o lobo que no bosque uiva por falta da lua, enquanto na tua a escuridão  se prostra, por não ter visto nada a não ser solidão, por falta de espaço no coração, e olhos  para ver a beleza que a vida nos mostra. De cada janela avista  um cenário, pode ser a montanha ou um simples canário fazendo seresta com seu belo canto; que não será visto  daquela janela, cujo dono perdeu pela vida o encanto; e prefere o enredo ensaiado e falso na falsa janela  que da vida fala, ligada a parede num canto da sala.

Sem comentários: