O Sol, Você, O Poeta
e o Pintor.
J. Norinaldo
Sem permissão ou cumprimento, o
sol adentra minha sala a enchendo de luz vida e calor, enquanto num canto eu
escrevo antecipando o sol se por, numa explosão de beleza tornando púrpura a
natureza como um manto de amor. Como um pintor com seu pincel, ao invés de
pintar azul o céu, ao entardecer o arrebol com tintas douradas faz o por do sol
como a mais linda tela, usando a mesma aquarela mudando somente a tinta, no
mesmo lugar, na mesma rua aguarda o nascer da lua e nasce mais outra obra prima, assim como um poema sem
rima, que apenas descreve a beleza sem igual, que nos proporciona a natureza,
pintada ou vista ao natural. Numa casa de portas sempre fechadas o sol não
entra, espera humildemente nas fachadas,
que uma janela seja aberta, facilite sua entrada não evite, o sol não precisa
de convite e nem de tapetes e cortinas coloridas; chega sempre na hora certa e
entra onde houver uma porta aberta, trazendo, luz e calor as nossas vidas. O
que seria da terra sem o sol, o que seria do pintor sem arrebol e do poeta sem
a luz, o que seria das almas sem Jesus. Hoje minha janela está fechada, chove a
cântaros lá fora, mas eu sei que o sol não foi embora, e assim que toda essa
chuva passar, ele novamente surgirá com toda beleza e esplendor, novas telas
inspirará assim como novos poemas de amor, mas mesmo sendo o Astro rei e tendo
o céu para reinar, a noite se retira cavalheiro, deixando o céu para a lua
brilhar; não existe disputa nem ciúme o mesmo que num jardim uma flor não sofre
porque outra é mais bela e tem muito
mais perfume.
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