Porteira, Passado e Presente.
J. Norinaldo
Encontrarás uma porteira aberta, uma estrada reta sob um céu
azul de nuvens salpicado, Margens verdejantes e o ar mais puro; seguir é o
presente, se onde vens é o passado, o que não encontrastes, se cuidadosamente procurastes
segue então para uma nova busca no futuro. Enganei-me não existe estrada reta,
Ar tão puro ou juiz imparcial, as curvas são a beleza da estrada, a ânsia de
avistar algo de novo, o homem é reflexo de um povo e o juiz, nada mais é que um
homem tão normal. Assim como o feitio da
porteira não reflete a beleza da estrada, o ar sem pureza é natural e o juiz
sem o homem não é nada. A porteira não foi construída aberta, nem toda sentença
é dita certa e nem toda pureza é essencial. Antes de cruzares a porteira, verificas se há
pegadas pelo chão, e não te esqueças de
que o mais importante é a direção; se só tem de ida não tem volta, nem mesmo
para o homem togado ou o mais puro, e que o caminho do futuro é a certeza mais
incerta, apenas uma porteira aberta, uma estrada nada reta, e sem informar para
onde vai. Uma porteira não nasce de semente e serve para prender ou libertar,
Tanto seguir como voltar é o vindouro; pode prender para cevar e depois quando libertar,
enviar direto ao matadouro. De quem deixa o passado para trás, segue o presente
e jamais, voltará ou chegará ao tão
sonhado futuro.
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