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domingo, 25 de outubro de 2015






Tenho sempre a intenção de abraçar o mundo, e a impressão que meu desodorante está sempre vencido.
J. Norinaldo.

sábado, 24 de outubro de 2015




A Beleza do Belo.
J. Norinaldo.



Dificilmente eu serei belo, o belo que todos gostam de ver. Portanto eu sei que existo, mas serei visto pelo que não devia ser. Quem não é geógrafo muito pouco ver num mapa, quem julga um livro pela capa dificilmente me ver; E a beleza assim vai se estilizando no conceito da estética, não que seja uma beleza patética, pois o belo também é arte, na verdade não é tudo afinal, o pavão é belo e inútil, existe a beleza fútil e a bela cobra coral. Talvez a beleza mais bela é justamente aquela que não aparentemente vista; mas só exista depois da capa do livro, ou da precisão do mapa que indica quase tudo, para que serve um livro só com uma bela capa e totalmente vazio de conteúdo? A beleza revelada à visão, a perfeição de traços nobres ou de curvas sinuosas, olhos belos que encimam belos lábios sensuais;  podem ser como a Peçonha da serpente, a beleza de uma cobra coral, ou inútil como a beleza do pavão, que encanta os olhos mas não alimenta como um pedaço de pão; pois este existe para ser belo sobretudo, eis a capa do livro mas que não tem conteúdo. Será que vale a pena ser de imensas belezas providos, e quando abrem a boca  quem está em volta se revolta e tapa os ouvidos? Eis a história do livro de bela capa sem conteúdo, é bem melhor um  livro sem tal adorno, do que jogar tanta beleza num forno. Nunca julgue um homem pela aparecia; tenha a decência e saber quem ele é de onde vem, o que faz de bem mais de uma vez, não aposte num cavalo pelo porte, não compre um castelo sem conhecer seu lado interno, ninguém compra um terno pelo corte, mas sim pelo alfaiate que o fez. O espelho devolve o que lhe mostrado e muitas vezes a beleza está na roupa, mas ele é mudo e jamais irá dizer: quanta beleza eu acabo de ver, mas para mim  é bem melhor... Aquele que vi antes e que se veste de estopa.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015





O Vinho, o Vento e o Tempo.
J. Norinaldo.


O látego do tempo não tem tempo para desgaste, por mais que a vida se arraste pelo caminho mais longo, largo ou estreito o relho bate sem pena por mais que a morte se afaste. O espelho é o carrasco que mostra cada ferida, em cada ruga fendida na face que já foi lisa, vai riscando e não avisa, mas o espelho revela, a face  que já foi bela e o sonho do paraíso que hoje esconde o sorriso em um semblante  de espantalho. E num retrato amarelo que mostra um tempo distante como um lindo diamante que se transformou em cascalho. Viva a vida intensamente, faça pontes ao invés de muro, olhe muito mais para frente sem esquecer o retrovisor, pois pode   se chocar com o presente e não chegar ao futuro. Enquanto se espera o vinho e a videira floresce e se aguarda a colheita quando a festa  acontece a mão do tempo sobe e desce e o látego não dá sossego este jamais se desgasta só quando a vida diz basta e vem o último aconchego. O tempo nunca deu tempo para se curar as feridas quando as videiras floridas depois que a uva fermenta após a festa a tormenta de mais um tempo passado como uma pluma ao vento,  as marcas do látego do tempo na face que já foi bela, hoje o espelho revela, uma escrita sem sentido; o que foi pintado como esmero por pincel é  hoje riscado a cinzel que é o látego do tempo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015




O Seu nome é Sonhar.
J. Norinaldo.



Que me deixem tocar flores perfume e cor espargir, me deixem ser colibri por um minuto sequer, deixem o meu sonho seguir para onde o vento for; eu só quero ser feliz, me permitam, por favor. Deixem-me correr livremente pelos campos,  pirilampados de estrelas, se a palavra não existe, mas existem os pirilampos; mesmo que minha plateia sejam apenas beija flores, deixem que eu perfume o mundo como o som tirado das flores. Cada acorde que sai e como um floco de neve que cai para esplendor do monte, se quiser me acompanhar, por favor se se sente e cante; não para agradar minguem, cante o perfume que tem como um simples Bem me quer isto me fará  feliz como se o seu cantar fosse de uma flor de lis; quem ouvir nosso perfume jamais sentirá ciúme ao ouvir alguém cantar, com tanto amor e ternura o que parece loucura tem o nome de sonhar. Num sonho tudo se pode, se pode ouvir a luz, se pode cantar a cor, pode-se plantar amor e depois colher ternura, pode parecer loucura o seu nome é sonhar. Cada corda do violino florido é um ramo florescido que leva o som a lonjura, um acorde longo outro breve, como um floco de neve que cai para enfeitar o monte,  deixando alva a altura como  um prato de manjar, pode parecer ser loucura, mas tudo isto é ternura e o seu nome é sonhar. 

sábado, 17 de outubro de 2015




O Canto da Cotovia.
J. Norinaldo.



Existem aqueles que dormem ouvindo o coite uivar, têm tanto com que sonhar e acordam com o canto da cotovia, uma vida de fantasia que consigo imaginar; acordo quase sempre a mesma hora com o canto de um passarinho, que canta agitando a asa, seu relógio não atrasa o meu é que as vezes para. Alguém acorda ao som do clarim comigo já foi assim, nem por isto por isto esqueci o encanto do sabiá; e é por isto que hoje em dia, eu penso ser poesia todo dia ao acordar. Existem aqueles que nunca viram um coite de perto, nunca enxergaram um deserto, e nem imaginam um oásis em tão inóspito lugar; não gostam de poesia e eu falei em cotovia, pouco lhe importar o cantar. Existem aqueles que dormem para repor energia, o coite a cotovia, o grilo e o sabiá, e existem outros que dormem enquanto estão desperto, não lhes interessa o deserto, o coiote a cotovia, a vida ou a poesia o canto de u sabiá. Por que somos semelhantes se somos tão diferentes assim? Uns adoram poesia, acordar com canto da cotovia...Outros preferem o Clarim?

sexta-feira, 16 de outubro de 2015




Que Mansão!
J. Norinaldo.



Hoje eu passei em frente a uma mansão. Linda, realmente de dar inveja, uma inveja construtiva é claro; bem desenhada, ampla com vidros de qualidade, varanda convidativas e um belíssimo jardim. Eu conheci o seu proprietário e faz bem pouco estive em visita a sua nova morada, tão pequena, tão minguada  não singela, baixa em uma ruela que mal dá para se passar. Apenas uma janela e um anjo de cimento; ali não há campainha, pois não tem por quem chamar. Ao chegar a minha casa vi minha mulher se cuidando para abrir o portão se se atolar na lama, olhei e dei um sorriso, não é nenhuma mansão, mas tem uma campainha e alguém sai quando se chama. Todo orgulho da vida se acabará um dia para o rico, para o pobre, para o feio e para o belo, Para o morador do barraco e o senhor do castelo, então para que tanto orgulho se o destino é um só, não seremos nem pedregulho, todo mundo vai ser pó? Uns sob Lages de mármores, outros numa cova rasa, mas ninguém notará diferença se veio de uma mansão ou de uma singela casa. Depois que a cortina se fecha não haverá luz, só treva, a terra que tudo nos dá e a mesma que tudo nos leva. A lama do meu portão me trouxe tanta alegria, ao ver na minha morada singela, os pingos tamborilando nos vidros da minha janela. Como uma poesia que eu faço parte dela.



Triste Falta de Razão.
J. Norinaldo




É triste ver no passado somente um quadro velho e  borrado pela lama do monturo, ver no presente um futuro sem nenhuma esperança, mas gritar aos quatro cantos que é feliz desde criança; só ela diz a verdade porque a felicidade é amiga de confiança. Acredita que seus grilhões ao mundo sejam invisíveis, que tudo que diz é crível e decente e que a ferrugem não corrói sua corrente pela sua qualidade, aonde chega à vaidade de elogiar a tortura até adoçar com amargura a tristeza que há em si. Postular um pedestal onde jamais estará, não só por falta de méritos que a razão há de negar; mas porque teima em seguir na frente  se negando a olhar para trás, temendo ver-se sozinha sem ninguém a lhe seguir mais. Não vê a máscara que o espelho lhe revela, porque só ver o que quer ver; sorrir para o para brisas por que este é bem maior, do que o retrovisor que mostra por onde  passou, mas a frente não vislumbra jamais aonde chegará. Aquele que olha para trás e Vê um quadro borrado tem um futuro inexistente, pois este quando chegar é presente e logo a seguir passado. É por razões como essa que é triste ver o açoite na mão livre da corrente, de quem deveria estar na frente... Como tração da caleça.





Triste sonho ao Acordar.
J. Norninaldo.




Esta noite sonhei contigo, um dos sonhos mais loucos como poucos que tive.,  fizemos amor sem lençóis, sem paredes, sem limites a gritar. Jamais penseis existir algo tão grande, bem maior do que tudo, o sol as estrelas o mar tudo  que nos pensamentos existirem, tudo que não possa ser pensado, calculado penses no universo sendo apenas nossos copos a se fundirem, sem limite, sem pudor se outros seres existiam eram somente espectadores de algo até então inconcebível, tão incrível e jamais com o nome de amor. Mas eu sabia que era um sonho e que teria que acordar, mas não queria, não podia em outra coisa pensar, aproveitar cada segundo quem num sonho pode ser todo o tempo do mundo; mas não foi, acordei e com o corpo ainda frêmito de desejo, relembrei há quanto tempo não te vejo, que entre nós nunca houve sequer um inocente beijo. Por que a vida foi  fazer o que fez comigo, o que fiz para merecer este castigo, que para sempre em minha mente viverá. Para sempre, engano meu; pois o que restava de mim, ao acordar de tão lindo sonho o restava  pereceu. E tu onde estás? maldito tempo, maldito sonho, maldita morte por que não me levar de uma  vez, como este sonho que de repente em fumaça se desfez.






Deusa da Sabedoria.
J. Norinaldo.



Dos devaneios oníricos pouco sobra, bem menos que o extraído das presas de uma cobra para antídoto do seu próprio veneno. Pitonisas de um mundo tão pequeno, mas que em sonho é infinito, por isto o sonhar é tão bonito, pois nele não existe fronteira. Herdeiros de um brasão inexistente forjado numa mente doentia que os leva crer ser Atena deusa da sabedoria, ou Calíope a deusa da poesia; esquecendo o que é mitologia. Sonhos, devaneios que bom tê-los, quando acreditados sem transformam em pesadelos, e a forja novamente é aquecida; nem mesmo a mente mais convencida, que acredita ser a dona da verdade, que conhece a fundo a felicidade e que Deus é sue subordinado. Por isto admiro tanto os loucos, pois são poucos que acreditam na loucura, se são deus lhes pertence à bravura e o dom da sabedoria, de tudo que se faz e que se cria em seu louvor Apolo dedilhava sua lira, se é que o universo gira ao seu redor. Se é que o universo gira.









Soberba.
J. Norinaldo


Mascando um pedaço seco, como montanha a transpor de onde tirar forças já não sei, só morto e humilhado descerei, sem meu sonho realizar. O cansaço me leva ao delírio, a brisa me traz o odor da erva que parece alimentar a minha alma, como força que me alcança e me eleva. Não seria soberba ou orgulho, algo que vale menos que entulho, tentar o que me é impossível? Podia ter trazido o pão inteiro, mas o peso parecia assoberbar-me o corpo ingrato que minha energia consome, como alguém que vira o prato depois que sacia sum fome. Olho para baixo e sinto medo, olho para cima e me sinto fraco, o delírio já me deixa leve, como  fumaça de tabaco.  Talvez o fim chegasse ao meio, assim como seria o recheio, do feito pelo que me falta  a subir, o último naco de pão pela garganta acaba de descer enquanto eu acabo de cair. Ainda tive tempo de olhar para trás, e só então ver que a montanha era muito alta e que poderia viver muito bem se a contornasse, como faz com sabedoria o rio, sem que tal proeza lhe faça falta.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015







Encanto.
J. Norinaldo.



Existe algo em ti que tanto me encanta, mas não adianta que não sei o que. As vezes fico encantado por que tanto encanto me causa  prazer, sem na verdade saber o  que. Quiçá o teu maior encanto, se cubra com um manto para de mim se  esconder, um manto que serve de enfeite e de esconderijo como se teu corpo fosse de uma santa; sem ele serve de deleite para quem te paga e nem te encanta. Ah! Se pudesse um dia realizar só este desejo, de com um único beijo percorrer todo o corpo que é o meu encanto; mas duvido muito que o destino meu pedido aceite, enquanto despes este manto para que outro nele se deleite. Como será que seria a vida, se eu pudesse ter aquela que me encanta e não sendo santa para mim despida, e eu não sendo santo, sem saber que alguém vive a sonhar em me ver sem manto? Existe algo na vida, no entanto que me desencanta; alguém que para comigo age como uma verdadeira santa, enquanto se livra tão facilmente  do sisudo manto e em outras camas a tantos encanta. Encanto! Eu te imploro, me encanta, não canta enquanto... Por ti eu choro.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015










Uma Orquestra a Ser Sentida.
J. Norinaldo.


Ter como coral  as ondas embaladas pelo vento num violino virtuoso, penso no maravilhoso no belo ou no divino, isto para quem tem sensibilidade e não busca a felicidade como um bem ou um destino. O poeta pode ouvir a luz que paira e reflete e ao divino remete quem consegue ouvir a luz que o tom do coral conduz como o badalar de um sino acompanhando o violino no seu suave chorar. Poesia não escrita, mas que poderá ser vista pela sensibilidade o que nos mostra a verdade que beleza é poesia, escrita, ou esculpida, pintada ou pressentida por uma alma não vazia. Feliz de quem ouve o som apenas os olhos fechando, delirar se deliciando com esta orquestra ao luar. Um violino Magistral tendo o mar como coral, como um coral no mar e a natureza por fundo, que belo seria o mundo se todos pudessem enxergar.



Eu Te Amo, Mesmo sem te conhecer!                             
J. Norinaldo


Eu amo amar o  mundo, eu amo amar a vida, não amo a guerra vencida, para mim toda guerra é perdida, perde quem vence e quem perde, maldito daquele que herde medalhas ditas de guerra, heróis de barro ou de terra lama que o pântano aborta, medalhas por vidas mortas, são diplomas de cinismo como portas para o abismo são como as retas mais tortas. Eu amo o amor verdadeiro não sei se outro existe que o arauto do mal pregue mesmo parecendo triste eu sou um poeta alegre, e cada poema que fiz mesmo estando a chorar contente ei de ficar de deixei alguém feliz. Eu amo a vida que vivo por  saber de onde venho e quem devo agradecer; mesmo não tendo tudo que quero, jamais esqueço o mistério que da vida para o cemitério não levo nada que tenho, mas deixo tudo que fiz e se faço alguém feliz mesmo não estando aqui; que fiquem os meus poemas vivendo o que talvez não vivi. Partir sem deixar pegadas é não vida não ser nada, não deixar marcas na terra, e sim medalhas de guerra é o mesmo que atestar que o seu Criador erra. Eu amo amar você, mesmo sem lhe conhecer, mas sei que é meu semelhante, Diz-me o que perco com isto, sendo cordato e gentil e ao invés de me apontar um fuzil, pegue uma semente de qualquer flor beije e plante, e em vez de um ferido, teremos um mundo florido, perfumado exuberante; e ao invés de me insultar, faça uma prece ou Cante.

terça-feira, 6 de outubro de 2015




Eu só Quero!
J. Norinaldo.




Eu não quero ser o único a ouvir o primeiro pássaro a cantar ao amanhecer, eu não quero um mar calmo somente para eu navegar, eu não quero só para mim a primavera, eu não quero não o que que já foi ou o que não era; eu nem mesmo se sei quero tanto viver, mas uma coisa sei que quero: “Ser o único poder ser?” –Bah! Agora me deixastes sem saber o que dizer! Podes me dar um tempo? Não querida! Não te posso dar o que não me pertence. tudo bem! vou prosseguir quem sabe um dia vou parar mesmo sem a certeza de que alguém saberá, nisto você pode crer . Esperar a felicidade poderá ser o mais certo a se fazer, quem saberá? Meu temor é quiçá quando um dia ela resolva chegar...eu já nem lembre mais o que é saber amar...Enquanto isto alguém cansou de braços abertos esperando somente para me abraçar.



Poesia e Fantasia.
J Norinaldo.




O Vento forte que agita a virgem mata, encrespa as ondas formando lá longe a procela, que rompe a vela de quem vive a navegar, que bela tela podia se esta vida, se ao pó não tivesse que retornar. Como seria uma vida para sempre, se para sempre realmente não tem fim, seria então a tão sonhada felicidade, ou a humanidade encontraria um jeito de reclamar mesmo assim? O vento forte, a suave brisa, a alta onda a leve vaga, e um poeta que divaga tentando decifrar a vida como se fora alquimia; como se se tudo se resumisse em fantasia, ou se o medo do navegante ao ver se rasgar a vela, posse apenas poesia. O vento é velho como o tempo e como a vida, a poesia eu não seis sei seu tempo certo; mas deve ter surgido num repente, como surgiu algum oásis num deserto. Ser poeta não ser um escolhido, ou uma alma predestinada, mas alguém para mostrar que na verdade o tudo sem liberdade não é nada; ou simplesmente a felicidade mascarada. Que usa o vento, a mata, onda, a vida e a procela juntos numa poesia só; para mostrar que a volta ao pó... Nada tem de fantasia. 



Poesia e Fantasia.
J Norinaldo.




O Vento forte que agita a virgem mata, encrespa as ondas formando lá longe a procela, que rompe a vela de quem vive a navegar, que bela tela podia se esta vida, se ao pó não tivesse que retornar. Como seria uma vida para sempre, se para sempre realmente não tem fim, seria então a tão sonhada felicidade, ou a humanidade encontraria um jeito de reclamar mesmo assim? O vento forte, a suave brisa, a alta onda a leve vaga, e um poeta que divaga tentando decifrar a vida como se fora alquimia; como se se tudo se resumisse em fantasia, ou se o medo do navegante ao ver se rasgar a vela, posse apenas poesia. O vento é velho como o tempo e como a vida, a poesia eu não seis sei seu tempo certo; mas deve ter surgido num repente, como surgiu algum oásis num deserto. Ser poeta não ser um escolhido, ou uma alma predestinada, mas alguém para mostrar que na verdade o tudo sem liberdade não é nada; ou simplesmente a felicidade mascarada. Que usa o vento, a mata, onda, a vida e a procela juntos numa poesia só; para mostrar que a voltar ao pó... Nada tem de fantasia. 





A chuva, o Caminho, O homem e o Menino
J. Norinaldo



A chuva o caminho, a inocência atual e quem já foi inocente. A chuva é tão velha, o caminho é mais novo e jovem de novo e o mundo indecente. Quanta inocência já foi interrompida, roubada rompida por que já a foi, embora esquisito num poema soe. A inocência é felicidade, sem total liberdade, mas sem malícia ou censura, onde qualquer carícia é entendida como simples ternura. Quem já foi inocente e se torna indecente ladrão de inocência; é como lepra invisível que embora parecendo incrível, encontra no mundo cobertura e coerência. O caminho inocente, a chuva inocente, o menino inocente, o homem nem todos que não foi diferente, se tornam indecente incompreensível; quem viveu uma tranquila inocência, satisfazer as carências numa flor em botão. Um menino que se torna velho na vida, com a inocência perdida, como uma semente que brotou não cresceu, como brotou morreu, mas, continua de pé  com se tivesse vida. Deixemos as crianças serem crianças que suas esperanças mudem o mundo, e não pelo contrário, fazendo do já triste cenário, um abismo maior e mais profundo.