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quinta-feira, 12 de novembro de 2015




Covarde Rebeldia.
J. Norinaldo.



O meu único arrependimento, é ter desviado por covardia o vendaval, o medo que me deixou a deriva, a coragem preventiva entre o bem e o mal. De que vale uma vida sem ter rumo, como um fruto sem sumo como uma reta sem curva; um deserto sem  oásis e uma videira sem chuva. O arrependimento sempre vem tarde demais, e o mal  que faz não há antídoto que cure, não existe soro para o veneno injetado não existe vendaval que para sempre dure e sempre tem um barco que sairá do outro lado. A covardia deixa sempre a incerteza, se a beleza da luta não vale a pena, que fica mais lindo numa tela, a maré serena ou  o  lutar contra a procela. Minha rebeldia agora não tem valor, pois se há hora de lutar torci o leme, sem sequer saber qual era o rumo, agora como um fruto sem sumo, um covarde que diante da vida treme. Minha única valentia é a confissão, de ser covarde e mentir para si mesmo, e agora não ter a quem pedir perdão, a não ser apontar para sim mesmo. Viver sonhando com um oceano de miasmas, com barcos fantasmas que vivem a perseguir o meu outro fantasma que acredita ter a alma é viva, mesmo a deriva de um mar que já morreu.

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