Covarde Rebeldia.
J. Norinaldo.
O meu único arrependimento, é ter desviado por covardia o
vendaval, o medo que me deixou a deriva, a coragem preventiva entre o bem e o
mal. De que vale uma vida sem ter rumo, como um fruto sem sumo como uma reta
sem curva; um deserto sem oásis e uma
videira sem chuva. O arrependimento sempre vem tarde demais, e o mal que faz não há antídoto que cure, não existe
soro para o veneno injetado não existe vendaval que para sempre dure e sempre
tem um barco que sairá do outro lado. A covardia deixa sempre a incerteza, se a
beleza da luta não vale a pena, que fica mais lindo numa tela, a maré serena
ou o lutar contra a procela. Minha rebeldia agora
não tem valor, pois se há hora de lutar torci o leme, sem sequer saber qual era
o rumo, agora como um fruto sem sumo, um covarde que diante da vida treme.
Minha única valentia é a confissão, de ser covarde e mentir para si mesmo, e
agora não ter a quem pedir perdão, a não ser apontar para sim mesmo. Viver
sonhando com um oceano de miasmas, com barcos fantasmas que vivem a perseguir o
meu outro fantasma que acredita ter a alma é viva, mesmo a deriva de um mar que
já morreu.
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