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domingo, 29 de novembro de 2015




Eu Pintor e a Porteira.
J. Norinaldo.



Na realidade o meu maior sonho realmente foi pintar, deitar na tela toda minha imaginação, infelizmente com o pincel não me acertei, com um cinzel foi bem pior; então tentei uma pena e um poema, usar por tema o que não consegui pintar nem esculpir. Mas eram tantas  as paisagens, as belezas que também não consegui;  mas de tudo isto aprendi uma lição tão importante em minha vida; Um Tela, por mais bela, um poema por mais fino, uma escultura do mais virtuoso escultor, uma canção do mais famoso compositor; mostram, cantam e encantam, mas não explicam por exemplo uma porteira. Isto mesmo, uma porteira. Algo rude que qualquer um sabe fazer, porém entender o seu significado vai além da tela, do poema, da escultura, da partitura e da canção. A porteira é feita para proteger quando fechada, contudo,  quando aberta é o presente, que aberta, libertos vão ao encontro do futuro ou, rastros de ida sem volta o fim de tudo, da vida. Como explicar uma porteira numa tela, por mais bela e criativa, numa escultura que pareça viva, num poema encantador, numa bela cantiga, num vaso de argila onde se desenha a flor de lótus e em outro de porcelana enfeitado com flores de urtiga? Ah! Como eu queria ser pintor e poder pintar a minha maneira, mostrar tudo sobre uma porteira. Isto mesmo, sobre uma simples porteira...

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