O Mar me emprestou a
primeira letra do Poema.
J. Norinaldo
Escrevi um poema na areia, mas o vento veio e o apagou sem
me causar nenhuma mágoa, é bem melhor escrever no mar, pois quando o dedo toca
a água a primeira letra lá está, e é um “O”
que aos poucos vai crescendo sem que eu saiba até onde irá. Não haverá
problemas se eu quiser falar de e
principalmente de amor flor, de uma mulher ou de uma dor, ou de uma poesia .Da flor falarei de um Buquê,
da mulher me refiro a o harém e da dor falarei sobre o antídoto que alivia, e o
poema o mesmo que a poesia, Assim jamais
sofrerei a esmo, não serei um crítico de mim mesmo, nem me considerarei egoísta,
ou ei de ser, por que minha obra não é
vista por quem não a mereça ver. Agradeço a imensidão do mar, por ser tão
grande e não negar um espaço para que eu possa escrever, e ainda me empresta a letra
para iniciar que sempre será uma só, não
adianta tentar o início com um “A” porque sempre começará com a letra “O”.
Talvez por o mar é masculino, mas o “O” também
é do Feminino, e no mar tem bem mais “A” do que “O”, “A” maré, “A” onda e” A” procela, “A”
pintura do mar é uma tela, “O” rei Netuno é seu soberano, mas “A” sereia é bem mais
bela. “A” noite “As” estrelas e “A” lua, “A” Praia “A” visão da deusa nua, que se veste com a
espuma das marés, “A” brisa que” A” vaga balança e vem quebrar “A” onda mansa da
deusa beijar” Os” pés.
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