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domingo, 10 de janeiro de 2016




Quando o Vento rouba a Cena.
J. Norinaldo.




Quando o vento rouba a cena o ser humano se apequena diante da natureza, o bailarino perde o sono, ao ver o baile das folhas mortas ao vento morno do outono. Pétalas soltas já sem vidas continuam coloridas bailando ao som do vento; o poema do momento não mostra passos ensaiados nem trejeitos teatrais, ao som de marchas nupciais apenas o que se eterniza, a canção que vem da brisa e só o poeta sente, aquilo que foi semente e um passarinho plantou,  que foi galho flor e fruto e hoje antes do seu derradeiro sono bailam secas rodopiando com graça ao som da brisa do outono. Se a natureza pintasse o que seria seu modelo, o ser humano  que sem o mínimo zelo a trata como se fosse uma escrava? Ou  pintaria o abstrato por só  encontrar beleza no estampado de um pano, já que o próprio ser humano faz parte da Natureza. Os poetas dos pincéis se esmeram com talento, ao mostrar algum momento como o bailar das pétalas numa tarde de outono, tentando mostrar ao homem que nossa maior beleza, ainda é a natureza e  ainda não conhecemos pessoalmente o seu Dono.

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