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sábado, 12 de março de 2016




Ideia de Rebanho.
J. Norinaldo.




Do rebanho do qual sou desgarrado, cujo degredo o deprime, sou alfa da matilha pela qual fui adotado, sem ter cometido nenhum crime; jamais farei parte de rebanho, mesmo que o rio em que me banho não seja o mesmo, assim como o tempo que não me espera ou me redime. Não sou rebanho e nem pastor, porque sei que qual é a corrente que me impede de correr; não tenho ídolos ou lideres porque o que é preciso eu sei dizer, se algo as vezes  não entendo não desisto, insisto até conseguir aprender. Portanto não me diga o que fazer ou o que temer pelo tamanho, se não sabe que não pode entrar duas vezes no mesmo Rio, que a vida inteira tomou banho; eu mesmo secarei as minhas lágrimas, e se o meu lenço cair eu mesmo apanho. Não é soberba e nem orgulho; mas rebanho para mim nada mais é do que quadrilha, bem diferente da matilha que me adotou e onde Alfa sou, sem alfa ser e vir a ser liderado, prefiro mil vezes continuar desgarrado, escrevendo na poeira o que penso, que o vento leve para qualquer lado, jamais meus rastro é encontrado entre milhares nem em sonho, como a ovelha que do lobo usa o couro, pois bem sei que o fim de todo rebanho é seguir cabisbaixo ao matadouro. Não me convide a gritar junto, se não conheço a fundo o assunto, jamais gritarei só por gritar, ou para alguém agradar, um alfa prefere o precipício a ter que se passar a isso, quem o fizer... Alfa jamais também será.

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