Esta é minha Oração, a que me ensinaram nunca aprendi.
J. Norinaldo.
O Sol tão belo que ora vez, talvez sua imagem se ofusque com
a fumaça do meu fuzil ao atirar em alguém que nunca antes vi e que nem antes me
viu; é a guerra que reina sobre a terra desde que a separaram por riscos, ou
algum tratado vil. Quem a fomenta está longe escondido em seu covil, os jovens
que longe tombam sem água no seu cantil, são números no seu caderno que
apresentará n inferno a algum tirano civil. Quiçá o jovem que partiu já não
verá mais este belo sol, nem a lua, sua amada admirando as cores do arrebol;
talvez lhe sobre uma rodela de bronze com a face de um tirano; que ficou de
fora olhando e constará para sempre na História do Brasil. O! Senhor será que
no mundo já não existem tantas dores? Por que não inventar um fuzil que atire
ao espaço flores? Não desejo ser covarde e nem assim ser lembrado, porém apenas
sincero; dizendo sempre o que penso mesmo sendo censurado; afinal parte da vida
eu também passei fardado. Não tenho uma medalha, nem jamais usarei migalha
forjada como moeda em série e quantidade incerta; prefiro ser esquecido sem
atirar num irmão, do que ter o peito ornado com figuras de latão.
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