Sol, o Maior Voyeur da Vida.
J. Norinaldo
Tímido surge o sol por entre nuvens, como temeroso o Voyeur
se chega à fresta, como a brisa apenas faz tremular a chama de uma vela, como o
pintor que duvida do valor da sua tela; o quão túmidos ficaram os seios da moça
bela, pintada ao sabor do pensamento passageiro; o mesmo vento que carrega para
longe as nuvens, deixando o sol se apresentar por inteiro, apagar a vela, mas
não a festa, e o Voyeur finalmente em sua fresta decepcionado com a visão de um
celeiro. Diferente do Sol sempre presente, podendo até não ser visto como o
vento, que apaga a chama da vela e ao emproar outras deixa atrás de si a
procela; ou do pintor que duvida do valor da sua tela; a vida pode para uns,
ser muito triste e para outros muito bela. O sol estará sempre presente,
doravante como as vela que ajudam a navegar emproadas como os seios túmidos da
moça bela, ou o farol que orienta o navegante. O Sol é um só indiferente, se entre
a vida, o pintor e o voyeur há diferença, se o navegante necessita sua
presença, tímido ou exposto totalmente. Tenho dúvidas, quanto a tela preferida,
a poesia ou outra coisa querida, mas maior de todas as minhas dúvidas...Seria o
Sol o maior Voyeur da vida?
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