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domingo, 16 de outubro de 2016




Ao Mestre MÁRIO QUINTANA.
J. Norinaldo.



Eu troco um Poema por um toco de vela num pires encardido, pareço perdido numa mente insana? Não! Este toco de vela serviu de luz para Mário Quintana. Meu, sobretudo roto, faltando botões, não testemunha os serões que fizemos juntos. Por que um poema? Porque nada mais tenho, se vale a pena? É só ver de onde venho. Venho de muito longe e em minhas andanças, nas minhas lembranças, ver o Mário é tão frequente em minha mente que assim de repente me nego a crer que ele veio a escrever sob a luz de um toco de vela. O que? Hoje um palácio tem o seu nome? Pois nas lagrimas em estado sólido desse toco de vela, vejo lágrima de uma menina bela, que se jogou das alturas, era o ano velho segundo Quintana. O que será que lhe trouxe cada ano novo? Depois da luz desse toco  vela o escuro total? Não pergunto por mal, mas como? Sair de uma pensão qualquer em uma escura e suja viela para um palácio monumental; teria o Mário fugido em algum poema, do qual era o tema e ninguém percebeu? Ou o  Palácio só veio depois que morreu? Normal? Ledo engano amigo, o Mário é e sempre será Imortal! Por que tanta intimidade? Porque penso que também sou poeta e poetas conhecem a verdade e não se assustam com ela! Agora, vai aceita meu poema por esse Toco de Vela!

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