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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017




Insano Voo.
J. Norinaldo.



Num insano voo na busca do livre, de abstratas togas e brancas perucas de sentenças vãs e lianças nulas; de ditadores e reis de ovelhas e mulas, sem nuvens grossas a me tolher as asas, sem covas rasas para esconder a vida. Nesse insano voo busco a liberdade, uma entidade de que ouvi falar, e que alguém atesta que está comigo, pelo simples fato de pode voar; de que me adianta se o destino do pouso me é oculto e ensaiar saber pode ser insulto a abstratas togas de perucas falsas. No insano sonho de voar mais alto, de ver o asfalto como uma escrita; quiçá das perucas falsa a sentença maldita. Posso estar livre sem estar liberto, voando baixo sobre um deserto, onde as miragens sejam verdadeiras como  a luz na treva, e as sentenças das falsas perucas, corcovas de areia que o vento leva.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017





A Lua.
J. Norinaldo.


E a Lua se Pôs diante de nós, sem voz nos restou o pranto, tanto, que se transformou em lago, como um afago no colo da terra. E a Lua vendo-se no Lago desse nosso pranto salpicou o manto da noite com luz e a cada passo um rastro prateado no Lago salgo pelas nossas lágrimas. E a Noite se fez anfitriã da Lua, uma deusa nua a deslizar no lago, como um leve afago ao colo da terra. E na madrugada enquanto a terra descansa, essa lua mansa a dançar no Lago. E a Lua se Pôs diante de nós de beleza tanta, que o nosso pranto até formou um lago de singeleza santa. Como é bela a lua quando sobre a serra, com raios de prata a banhar a noite e o nosso lago, como um afago aos seios da terra.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017




Cisnes ou Patos.
J. Norinaldo.



Escrever ou Poetar é como deslisar  em um lago congelado, cercado de belos cisnes vendo seu reflexo no gelo como se fosse o espelho em que o Próprio Criador se viu; a pena é uma extensão da alma que com calma derramam sobre o papel todas estrelas do céu nunca deixando vazio. Escrever ou poetar, é como tagarelar num jardim para as flores, mesmo falando de dores, mágoas e sofrimento, sempre haverá um momento em que falamos de amores. Escrever ou poetar é como andar pelos matos, cercado de simples patos, canários ou sabiás, é olhar sempre a frente sem de repente esquecer quem vem atrás. Todos nós somos poetas com estilos diferentes, uns falam das flores outros da terra e sementes, outros de jardins e rosas, alguns de versos e prosas, ou de senões e somentes; a vida é um poema, cada um de nós é tema depende de como é vista; a vida é como um filme e você é o principal artista. Como seria essa vida e o mundo como será, se não houver sempre alguém a escrever ou Poetar? Como Será...