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segunda-feira, 17 de abril de 2017





A Lua.
J. Nori



A Lua que é vista pelo vão da Avenida, encimando uma ponte como um Abajur, as estrelas tão poucas em um céu pequenino, quase sempre cinzento e tão pouco azul. Imagine essa Lua no topo do monte e só o horizonte sem nenhum obstáculo, cada raio um tentáculo de um Polvo gigante. Imagine essa selva de pedra e cimento, num dia cinzento quase sempre rotina, e eu aqui na campina vendo o céu por inteiro e formoso refletido num lago, assim como um afago de um Deus carinhoso. A Lua é bela não importa de onde é vista é certo, que no deserto ela é bem mais bonita. Na solidão das dunas num espaço infinito dança uma deusa bela sem véu, imagine, imagine a Lua, rodeada de estrelas dançando no Céu. Na tua janela a Lua aparece, encimando uma ponte como um abajur, numa noite de outono, na selva de cimento como a zelar pelo sono, do seu eterno dono... O Senhor do firmamento.

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