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terça-feira, 18 de abril de 2017





O Vento.
J. Nori.


O Vento que traz alvíssaras, também emudece os sinos, açoitam a mata e o oceano e traça novos destinos; o Vento que empurra o tempo que passa para todos nós, o Vento que move as nuvens e dar trovão a voz. O Vento me trouxe hoje um perfume diferente, como uma canção silente que somente a alma escuta e somente ela desfruta e do poeta perfuma a mente. Eu sempre ouço do vento uma canção de saudade como uma áurea latente, que fala de tanta gente e de lugares do meu passado e do meu presente menino e antes que o vento da Matriz venha emudecer o sino entre as dunas do deserto com a multidão tão perto numa tempestade solitária sem alvíssaras no horizonte, ou sem ponte que interligue o passado ao presente. o Vento tão necessário também é intempestivo e carecemos do tempo esta é mais uma verdade, mas não podemos plantar vento para colher tempestade, tampouco a poesia fala só de felicidade.

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