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domingo, 14 de maio de 2017




Palavras ao Vento.
J. Nori.


Piçarras atiradas ao Léo podem podem danificar uma tela ao se chocarem ao painel, ou vir a fazer parte dela valorizando o pincel, não é a tinta que conta, mas sim como é usada, a textura a pincelada tudo num mesmo contexto, com as frutas num sexto, numa colina nevada. A ideia do perfeito quiçá seja uma utopia, assim como a poesia que fala somente de amor e mais nada, como  as piçarras que enriquecem a tela de um virtuoso, num piquenique vistoso numa colina gelada. Palavras jogadas ao vento podem servir como açoite, na solidão de uma noite em que tudo se escuta, e o piscar de um pirilampo, é como um raio no campo, ou um dragão numa gruta. Palavras machucam mais que uma adaga afiada, não são piçarras ao léo, que podem modificar o painel de uma tela já pintada. A minha poesia não é para ser complicada, pois é como uma tela qualquer, um homem uma mulher, em uma noite nevada.

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