Translate

segunda-feira, 29 de maio de 2017




Vento Mensageiro.
J. Nori.


Antes do meu barco fazer-se ao mar, escrevi um poema na areia, no momento da mais alta maré cheia, para que o vento o lesse antes de apagar;na linguagem de um simples pescador, onde não há sofisma ao se falar de amor e nem mentiras no que nunca será lido, e se for será por alguém que não entenda, como se chegasse no meio da contenda, quiçá nem aprecie e pisoteei. Ao sentir as velas emproadas, senti que o vento lá na praia já teria minhas letras apagadas. Ah! Se o vento tivesse um coração apaixonado e pudesse transmitir o meu recado em forma de poema na areia. Agora a solidão do mar me faz sentir, um homem triste que resiste em ficar só para si a verdade que ficou lá na areia; ainda finge que as lágrimas são pingos do mar salgado;  que traz o vento ao invés de naquele momento evitar tudo entregando meu recado. E de covarde eu me chamo pois a  coragem que me sobra ao enfrentar no mar a procela, me falta na hora de dizer a ela...Um Simples, Eu te Amo.

Sem comentários: