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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009




A Abelha
J. Norinaldo.


Outro dia eu regava meu jardim.
Uma abelhinha pousou em minha mão.
Senti a dor da ferroada sem entender.
Por que me agredira sem razão.

A abelhinha foi morrer logo adiante.
Pois deixara sua vida em minha mão.
Não consigo decifrar essa mensagem.
Guardei com carinho seu ferrão.

Talvez tenham lhe roubado o mel.
Sua casa, sua família querida.
Sem mais nada para me presentear,
Me deixou de presente a sua vida.

Coisas pequeninas que não vemos.
Jamais veremos todas as estrelas do céu.
Olhe bem no olhar desta abelhina,
Ele é bem mais doce que seu mel.

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