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sexta-feira, 5 de junho de 2009




A Vida.
J. Norinaldo.

A vida apenas nos mostra os caminhos,
Larga nossa mão pra que sigamos sozinhos,
Não fala de atalhos ou de bifurcações,
Dos lobos que se escondem nas curvas da estrada.
De dores, cansaços, da sede ou desilusão...
Dos túneis escuros, das perdas de cada parada.

Das pedras que ferem os pés no caminho,
Depois que engatinho pra longe sozinho,
Das agruras que podem surgir nas pousadas,
Das promessas escusas de falsos atalhos,
Das nobres figuras que enfeitam baralhos.
Das surpresas das curvas que há nas estradas.

A vida nos dá um mapa totalmente em branco,
Sem perguntar se você tem noção de desenho.
Só no fim da estrada depois da missão cumprida,
No final da vida verá o mapa com seu desempenho.
Já não há tempo para arrependimento ou correção...
Cada um colhe o que plantou sem distinção.

Os tesouros colhidos que causaram cansaço,
São lembrados na tumba que enfeita a tristeza,
O que tanta beleza representou em vida,
Torna na partida reação de avareza.
De quem caminhou no aceiro da estrada...
Sempre a espera da partilha prometida.

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