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domingo, 13 de setembro de 2009


O Penúltimo Guerreiro.
José Lewis Bicca.
(In memoriam)
J. Norinaldo.

O festim, alegre música o reencontro,
A felicidade renovada a cada abraço,
Em cada rosto o carinho ao menestrel,
De repente tudo cala tudo é triste,
Uma mensagem que ao tempo resiste...
E o doce vinho passa a ter gosto de fel.

A despedida toma seu lugar à mesa,
E as lágrimas se misturam aos soluços,
Os acordes tentam barrar a tristeza,
Até a lenha que está no fogo chora,
Mas segue a festa, cantoria noite a fora...
Mesmo que o ritmo já não seja o de outrora.

Vão-se os anéis e ficam os dedos,
Se foram os dedos, mas ficou o violão,
Fica a saudade e a lembrança do amigo,
Que foi poeta, poesia, amizade e canção,
Que deixa marca do sinete na história...
Que conta a glória pelo amor a tradição.

Que o Criador em sua eterna bondade,
Te dê no céu a barranca que mereces,
Aqui embaixo enquanto houver alguém cantando,
E no rio Uruguai pular um lindo dourado,
Ou uma voz cantar o teu Rio Grande...
É a certeza que serás sempre lembrado.

1 comentário:

xaxa disse...

feliz novo qth Bicca

anguera
archote do rio uruguai
partiste em versos
letras e melodias
te acolhemos
em nosso passado
e agora nos acalentas
com teus risos
sábios casos gauchescos
cordeonas de madrugadas
churrascos de saudades
vês? falamos contigo!
mais um mate de nostalgias
nas barrancas espinhel
dourado
céu do entardecer
Bicca serás para sempre
galope taura
n’ horizonte da madrugada
de nossos prantos
Bicca de angueras
Bicca de festanças
todos os dias
Bicca te brindaremos
com tragos de afeto
estarás sempre perto
de nosso peito triste
cantando tuas artes
adiós hermano
adiós muchacho valiente
também há prantos
nas barrancas castelhanas
milongas guaranis
poeta tamoio surubis
hasta siempre Bicca
letra de maragato itaroquém
do éter nos ouvirás
dos pampas chegarás
pelos microfones
das querências
acariciando cordas de viola
minuano galopando
rebenque erguido
seu penacho honrando
em novo qth

horst schadeck – pp5.hs

era setembro, 14, 2009, em florianópolis

(qth: morada, no código dos radioamadores - nobre atividade que exercia como um fidalgo)