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sexta-feira, 18 de setembro de 2009


A Tristeza do Poeta.
J. Norinaldo.

Oh! Mas que bela paisagem quanta inspiração,
Um bosque, um caminho, um belo raio de sol,
Uma linda mulher sozinha completa o ornamento,
Um poeta ver com olhos e transmite ao coração,
Que passa ao julgo da alma desta vem à decisão...
De escrever um poema eternizando o momento.

O poeta não se culpa se aquela mulher é triste,
E não vê tanta beleza que emoldura seu redor,
A tristeza do poeta é água de outra nascente,
Ao lembrar que o lindo bosque foi uma grande floresta,
E agora tudo que resta uma mulher atravessa só,
E os pássaros que aqui cantavam, não cantarão novamente.

O que importa um pássaro, uma árvore um caminho?
Se a beleza da mulher suplanta todo cenário,
Por que o poeta insiste em canonizar as flores,
Vê beleza num inseto que se arrasta aos seus pés,
Nas asas de uma libélula ou no cantar de um canário...
Quem se arrasta se transforma em primavera de cores.

O raio do sol perene nascerá mesmo sem bosques,
Novos bosques surgirão de outras florestas que tombam,
Triste ou feliz a mulher continuará caminhando,
E os pássaros que cantavam na parte alta do monte...
Juntam-se a beira da fonte da tristeza do poeta,
Uns por que perderam os ninhos, o outro por ser pateta.


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