Translate

sábado, 31 de outubro de 2009

Meus Mortos.
J. Norinaldo.

Os meus mortos serão noites de insônia,
São meus dias já passados sem sorrisos,
São meus medos, meus segredos minhas cismas,
São as flores que murcharam em meus altares,
Serão culpas que carrego como fardos...
Os espinhos que me ferem como dardos.

Os meus mortos não necessitam de flores,
Se a saudade é verdadeira dói em mim,
Que lhe neguei um poema ainda em vida,
Agora trago uma guirlanda de jasmim.
Na certeza de que ali ninguém se encontra,
Pois se estivesse iria ri muito de mim.

Ora! Quem diria meu querido poeta,
São para mim estas flores perfumadas?
E que belo poema que exalta a amizade,
Mas não combinam com a pobreza desta casa,
Flores tão lindas e poema deste alcance...
Ao relento sobre a cruz de uma cova rasa.



Sem comentários: