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sexta-feira, 2 de outubro de 2009


Rita de Que?
J. Norinaldo

Por mais de mil e uma noites,
Busquei em sonhos essa imagem,
Por desertos e oásis por masmorras e haréns,
Porém a sensatez me dizia que ela não existia,
A não ser na minha louca miragem.

Nunca, porém, desisti da minha busca,
Nenhuma beleza ofusca este sonho que acalento,
Até sei seu nome, é Rita, Rita que rima com fita,
Fita que enfeita com um laço os teus cabelos,
Que fita meus olhos e ao vê-los emana perfume ao vento.

Odalisca do deserto dos meus sonhos,
Que em delírio levanta a espada do bravo,
Teu sorriso torna a razão incerteza,
Teu olhar faz de mim o teu escravo...
Humilde servo a zelar tua beleza.

Rita, Rita de que? Não interessa ninguém precisa saber,
Para que? Se isto só fará outro sofrer? Então esquece,
Sou o único que merece seu nome todo saber,
Pois, o pronuncio toda noite em minha prece...
Só que: não a conheço e nem ela me conhece.


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