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sábado, 20 de fevereiro de 2010


O Ferro da Sina
J. Norinaldo.

Promíscua promessa no olhar indecente,
Disfarçado em carinho a rosa em botão,
O desejo no fruto ainda imaturo,
Que torna o futuro de um ser indolente.
Num batismo que marca a ferro e a fogo...
As cartas do jogo de um enterro indigente.

Infeliz daquele que adere a esse jogo,
Que cede ao fogo e o furor da demência,
Que apressam uma vida a precoce final,
Colocando nas esquinas anjos da inocência,
Que passam pela vida por passar somente...
A flor inocente de tão curta existência.

E aquela menina tão linda onde está?
Aquela pequena que brincava na rua?
Ah! Aquela menina faz ponto na esquina,
Sua brincadeira agora é ficar nua,
Mostrando a marca do ferro da sina...
E ainda tão menina, tem por teto a lua.

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