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quarta-feira, 7 de abril de 2010


A Garupa da Vida.
J. Norinaldo.

Quem cavalga a garupa da vida,
O horizonte se torna mais longe,
Nunca vê seu destino de frente,
Não é dono da tropa que tange,
Desconhece o ditame da lei,
Vale menos que o cavalo do rei.

Quem afaga os tesouros alheios,
Esquecendo os conselhos do Pai,
Adorando bezerros de ouro,
Correndo sem saber aonde vai,
Cavalgando a garupa da vida...
Na certeza que um dia cai.

Quem caminha a beira do abismo,
Acostuma-se ao pavor da vertigem,
Quem cavalga a garupa da vida,
Agarra-se a outro como esteio,
Na corrida estará sempre atrás,
E na vida na sabe a que veio.

Quem cavalga a garupa da vida,
Ocupa sempre a nave do templo,
Ninguém ouvirá seu sermão,
Sua voz nunca será ouvida,
Ninguém nasce para exemplo...
Ou para cavalgar a garupa da vida.







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