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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meu Interior.
J. Norinaldo
Corro apavorado pelo labirinto do meu eu, perseguido por vampiros desdentados do meu texto, acorrentados as paredes do meu nada. Ouço uma música orquestrada cuja melodia entrecortada lembra o choro do silencio. Bebo do limo encardido da caverna iluminada pela tocha do pavor, sigo sem lembranças da partida a entrada ou a saída não importa aonde vou. Sou eu, em meu eu interior labirinto sem saída abandonado pela sombra e os fantasmas que me seguem cujos cascos são tambores da orquestra dos horrores da canção entrecortada. A carícia das urtigas e dos espinhos nas esquinas do caminho me mostrando quem eu sou. Paro já cansado, param os vampiros e os fantasmas, brotam das paredes os miasmas que me cobrem os pés adormecidos. Suplico encontrar uma saída, fugir esquecer, acordar, mas não é sonho, passo a gritar, porém a esmo, por mais que grite ou que corra não posso fugir dessa masmorra e deixar de ser eu mesmo.

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