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terça-feira, 29 de junho de 2010

Troco.
J. Norinaldo.


Troco minha liberdade por uma tigela de sopa, por uma muda de roupa, por um pedaço de pão, a liberdade me dão, mas não me deixam usa-la, porém a fome não cala a minha desilusão. Posso caminhar no parque posso adentra o templo, porém não sirvo de exemplo para a sociedade, a minha felicidade é um prato de comida, daquela que foi servida para quem a vida repara e das migalhas separa pra quem não repara a vida. Troco minha liberdade por uma tigela de ervilha, uma antiga cartilha e alguém que me ensine, para que meu nome assine no livro da amargura, pelo remédio que cura um pouco dessas feridas que trago de outras vidas pagando com altos juros.
Troco minha liberdade e tudo que na vida trago, por um abraço um afago, por um aperto de mão, se a fome não me cala, troco minha liberdade por um prato de sopa rala e um pedaço de pão. Por que caminho sem norte o tal do príncipe sem sorte, que não sirvo nem pra morte, disfarçar a solidão. Vejo a aranha em sua teia a buscar o seu sustento, porém eu só tenho alento para estender a mão. Uma mão que ninguém pega, por que a vida me nega um pouco de ilusão, mas quando sonho, sou belo, tenho tesouro castelo, mesmo dormindo no chão?

1 comentário:

Lourival Rodrigues dos Santos disse...

Vamos sonhar, vamos nos iludir, vamos criar fantasia, vamos desistir de tudo; até dormir no chão. Vamos renascer das cinzas(fênix) e VIVA ESSA TAL LIBERDADE. Abraços.