Translate

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Flor em Botão.
J. Norinaldo.


Doeu-me tanto perder-te não posso negar,
Meu amor, no entanto no tempo resiste,
Deixaste-me ainda uma flor em botão,
Com o perfume inocente que a alma cultiva,
Reencontrar-te despetalada e triste...
A dor tornou minha triste alma cativa.

Mesmo que a vida me mostre o caminho certo,
Procuro o deserto o mentir da miragem,
Não serei feliz ao saber que não és,
Não tenho o direito tampouco coragem,
Para te implorar que voltes para mim,
Mesmo despetalada enfeitar meu jardim.

Seguirei te amando enquanto existir,
Na árvore dos sonhos tenho um ninho vazio,
Quem sabe um dia você me procure,
Tuas chagas eu cure e te aqueça do frio,
E o vento cante para nós a canção...
A versão verdadeira de amantes no cio.

A tua lembrança que cala minha alma,
Na noite tão calma de estrelas no céu,
Perdido sem rumo como louco divago,
Nos meus devaneios o teu corpo sem véu,
E que és o corcel que eu ginete cavalgo...
Enquanto me embriago com uma taça de fel.


Sem comentários: