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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010



Sinos de Belém.
J. Norinaldo.

As notas que emitem o bronze dos sinos,
Dedos que harpejam estrofes de hinos,
Vozes que gritam amores perdidos,
Campos floridos ventos que cantam,
Mãos que catam os frutos caídos.

A fome que assola o mundo perdido,
A luxúria degola a antiga inocência,
A coerência se esconde na torre do sino,
As flores do campo perfumam o vento...
Em cada monumento a estrofe de um hino.

A cada dezembro se cultua um menino,
E se ouve no mundo o badalar do sino,
E o galo é lembrado não por Esculápio,
E no coro de vozes sempre o mesmo hino,
Que foi decorado sem fé e sem tino.

O tropel das renas alerta os miúdos,
Sortudos que aguardam o presente sonhado,
O aniversariante, portanto esquecido,
Na hora dos abraços, não é abraçado...
Por Papai Noel já foi preterido.

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