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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011



O Dono da Estrada.
J. Norinaldo.


Diamantes que adornam colos lascivos,
No deserto não valem um pedaço de pão,
O Castelo vistoso cercado por lago,
Não vale um afago feito de coração,
Aquele que lega ao irmão o sobejo...
Seu beijo não vale um aperto de mão.

Quem abre o caminho e cobra pedágio,
Seguindo o adágio da galinha e do grão,
Enchendo baús de tesouros na vida;
Ficará sob a estrada num pedaço de chão,
Voltando ao nada sem levar bagagem...
Mãos vazias e cruzadas na última viagem.

Quem caminha na estrada carregado de amor,
Pagando o pedágio que a vida lhe cobra,
Comendo o que sobra do festim do senhor,
Não é como a pedra que a ganância lapida;
Passa pela estrada com seu doce fardo,
Enquanto o outro cobrava... A vida passou.

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