Translate

sábado, 22 de janeiro de 2011

A Voz Do Vento.
J. Norinaldo.


A beira do abismo olhar perdido,
Uma falsa calma me permeia,
A brisa perfumada da montanha,
Um forte cheiro de vida me rodeia,
Uma ave noturna perto canta,
Talvez pra saldar a lua cheia.

Por que será que estou aqui sozinho?
Exatamente no final de alguma estrada,
Não seria o primeiro nem o último,
Ao dar o passo ao vazio, para o nada;
Será mesmo que vale a pena recuar,
E continuar nesta vida desesperada?

Olho para o céu vejo uma estrela tão brilhante,
Como antes nunca a vira brilhar assim,
A voz do vento parece dizer baixinho:
Na verdade nunca estiveste sozinho,
Sempre estive do teu lado sem ser visto;
Sem reclamar por tua falta de carinho.

Queres dar este passo vais em frente,
Com a certeza que me levarás contigo,
O Pai te deu o direito de escolher,
Eu fui à cruz e morri crucificado,
E não reconheces o quanto sou teu amigo
Nem imaginas o que por ti tenho chorado.



Sem comentários: