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sábado, 19 de março de 2011


Apenas uma Criança.
J. Norinaldo.

Existe um lugar onde a beleza não se mede por contornos, quando os adornos não enfeitam e sim deformam, quando um sorriso é inocente e tem valor, quando a primeira palavra é mamãe e não amor; aquele amor onde importante é contorno, a beleza que somente os olhos vêem. Na verdade, a primeira palavra é amor. E o primeiro sorriso, a visão do paraíso na boca ainda sem dentes sem a vergonha futura, quando o tempo sem pudor degenera a dentadura e rabisca a face com rugas no pergaminho da herança. Falo de uma criança, sem a maldade que tenho, que trago de onde venho, ou adquiri no caminho; sou parte do pergaminho que o tempo riscou com prego, no meu poema não nego a falta de esperança, por que também fui criança e sorri por inocência.

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