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quarta-feira, 16 de março de 2011



O Poema de Barro.
J. Norinaldo.


A cada verso que escrevo, é um degrau que construo em direção ao divino, Assino, mas sei que não devo, a mão apenas copia a essência da poesia que a alma está sentindo, poesia não tem dono, comoa noite não tem sono, como amor não tem segredo, como o escuro só tem medo da luz que chega com o dia. Assim, como a música tem perfume, a beleza sem ciúme casa a música e a poesia. O poeta inebriado, como o oleiro com a sua obra prima, ver poesia sem rima no seu mais recente vaso, de um lado pinta o ocaso, no outro a lua nascendo sem temer que tal beleza, até mesmo sem querer,roube a grandeza da seu poema de barro. Ah! Como é louco ser poeta, não entender a si mesmo, por vezes gritando a esmo, vendo beleza no nada, Quantos poetas sozinhos colhem com carinho as rosas, que oferecem em prosas e guardam pra si os espinhos. Ah! Como ser louco é poético, como poetar é pouco, como é linda essa loucura, capaz de ver a beleza do vaso, mesmo por trás da pintura da lua bela e do ocaso.

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