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sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Beleza do Corpo. J. Norinaldo. Não sou e nem quero ser diferente, Sou gente, jovem, velho menino, Estrada, espinho perfume, destino; Um dia estrume para rosas tão belas, Deixando o orgulho pelo caminho, Com o nome gravado no esquecimento. Celebro a beleza com os olhos da vida, Não passo batido nas curvas que vejo, Aspiro o perfume que a brisa bafeja, Prefiro os sonhos em que curvas desejo, Se somente em sonho que em sonho seja, Sonhando espero na vida o ensejo. Quem pintou este quadro escreveu no rascunho, Que o pincel do tempo vai borrando a gravura, Sem nenhum talento e com pouco cuidado; Se nas curvas se escondem a soberba da vida, O pincel do tempo cada vez mais descuidado, Vai desmanchando as curvas e criando ferida. Este corpo perfeito que a vida te deu, Que provoca olhares de ardor e ciúme, Os meus olhos da vida são o testemunho, Não esqueças que as rosas beleza e perfume, Ou das letras pequenas que estão no rascunho... Rosas e corpo, um dia serão somente estrume.

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