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segunda-feira, 29 de agosto de 2011


Como Um Brinde.

J. Norinaldo.


Uma paixão, uma lembrança uma saudade,

Um reencontro, velhas feridas que se abrem,

Duas almas separadas por muralhas,

Construídas com as pedras de uma ponte;

O que unia hoje separa sem melindre...

Como um brinde, que se ergue sobre palhas.


Uma lembrança, uma saudade uma paixão,

Uma razão a nostalgia que não passa,

Tão rotineira como as folhas no outono,

Como a maneira que a fantasia se esgarça;

Como cão fiel que segue o dono...

Como um Bride, que é erguido a fumaça.


De onde surgiu a saudade a nostalgia,

Será que um dia isto vai cair de moda?

Ou a vida necessita desse adorno?

Como a árvore que vem forte após a poda;

E a águia troca o bico por mais vida...

Como um brinde, que se ergue ao sangue morno.


Uma saudade, uma paixão uma lembrança,

Uma sombra, uma existência e um cajado,

A fantasia esgarçada pelo tempo vaticina...

Na voz do vento a canção que vem de longe,

Na tez do monge a lonjura de um passado...

Como um Bride, que se ergue a ruína.

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