Pássaro Livre.
J. Norinaldo.
Vôo livre sobre campo semeado,
Neste vôo ameaçado de extinção,
O meu canto hoje já não faz sentido,
Nem a festa quando o trigo é colhido;
O mundo esqueceu o amor e o encanto,
Pelo meu canto e o valor pelo pão.
E a família que antes semeava junta,
E repartia a colheita numa festa,
Como a ave que voava sem temor,
Tendo a colheita sempre farta da floresta;
A família que plantava se acabou,
Sendo pisada a ave cata o que ainda resta.
Em cada túnel no final há uma luz,
Em cada cruz uma história a ser contada,
Em cada praça há passarinhos a catar restos,
Em cada campo há semente a ser plantada;
Em cada lar há motivos de protestos...
Por cada pão há uma prece a ser rezada.
O sol se põe no fim do dia atrás do monte,
E o monge canta em louvor e devoção,
Mas não se apagam mais o facho da cadeia,
Inexiste diferença se é noite ou se é dia;
Pelas esquinas o clamor a perdição,
E a família come do que não semeia.
1 comentário:
Ontem, eu e o Pantanal. Hoje, eu e o Mar. O que permite essa mobilidade? Em primeiro lugar; saúde e depois a L-I-B-E-R-D-A-D-E. Amigo! Pássaro Livre - Vôo livre. Abraço, amigo.
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