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sábado, 10 de dezembro de 2011



Carnaval da Vida.

J. Norinaldo.

A vida não passa de um carnaval,

Onde cada qual faz a sua fantasia,

Não escolhe o lugar onde ser folião,

Desconhece o tempo que dura a folia;

Inexiste exigência ao tipo de máscara,

Certeza somente que se acaba um dia.


Existem os salões com fausto e com brilho,

E os blocos de sujos que imitam o real,

Duendes e fadas que alguma mente pariu,

Canções animadas que falam de amor;

Relíquias guardadas de algum compositor,

Que já foi folião, mas também já partiu.


Lágrimas pintadas no rosto que esconde,

As mágoas do bloco que não escolheu,

Na gordura do rei a fartura da corte,

Em cada estandarte o brasão de uma casta;

Duendes e fadas nobres e fariseu...

Mesmo o bloco parado do fim não se afasta.


Com manto de nobre ou com a cara pintada,

Não há outra estrada nem uma outra folia,

No salão brilhante ou na rua enfeitada,

Nos versos rimados de uma poesia;

Somente no fim se descobre que no enredo...

Não existe segredo, tudo foi palhaçada.

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